Este ranking diz pouco sobre a qualidade do ensino que se ministra nessas escolas e muito sobre o que são: centros de cunhas para rápida progressão na vida.
Não por acaso, à medida que as universidades se tornam, cada vez mais, campus de recreio (essa moda dos EUA que começa a ser imitada na Europa, inventada para explorar alunos e que obriga, como condição de entrada, que se inscrevam em tudo quanto é clube e fiquem presos a essa família alargada durante quatro anos) e menos espaços de instrução e aprendizagem, o interesse pelo ensino superior decai constantemente. Se perguntarmos a alguém, 'porque queres ir para a Nova SBE ou para a Católica', a resposta será, 'porque é aí que estão os filhos das pessoas que me vão fazer avançar na vida rapidamente'. E alguém se interessa pelo descrédito crescente do ensino superior? Não, porque as redes de conexão continuam a funcionar muito bem. De maneira que em meu entender, estes rankings falam, mas não dizem o que se quereria que dissessem. Corrijam-me se estou enganada.
Portugal tem cinco mestrados de gestão entre os 100 melhores do mundo
Nova SBE, Católica de Lisboa e do Porto, Faculdade de Economia do Porto e ISCTE têm os seus mestrados de gestão entre os melhores do mundo, eleitos pelo Financial Times.
Na edição de 2025, cujos resultados são publicados nesta segunda-feira pelo jornal britânico, o ranking geral – que combina os resultados obtidos pelas instituições em cada um dos critérios, onde se incluem factores como o salário médio recebido ou a progressão na carreira após a conclusão do curso – é liderado pelo mestrado da universidade suíça de St. Gallen, seguida pelas francesas HEC Paris e Insead, que ocupam, respectivamente, o segundo e terceiro lugar.