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Fui à farmácia comprar meia dúzia de coisas: Brufen (uma caixa de 400mg outra de 600mg); 3 colírios (dois indicados pela médico mais 1 lubrificante para pôr várias vezes ao dia porque estou com uma grande inflamação no olho que nem consegui dormir esta noite e tenho um grande medo de voltar a ter úlceras na córnea; uma bisnaga de Bepanthene e uma bisnaga de hidratante para os pés: 80 euros... 80 euros! Coisas simples... Infelizmente, vou muito à farmácia.
Como o preço dos combustíveis vai continuar a subir, a minha pergunta é: quando é que vão melhorar os transportes públicos? Mais transportes e mais frequentes? Vias exclusivas para transportes públicos, não apenas nas cidades mas nos acessos às cidades, portanto ainda nas auto-estradas? Não seria agora uma ocasião para tirar os carros das cidades e devolvê-las às pessoas através da melhoria dos transportes públicos?
Sabemos que tem de haver aumento dos preços dos combustíveis, dos alimentos e de todos os bens que dependam de produção externa e de transporte. No entanto, parece-me que todas as empresas cujos lucros, nestes tempos que se aproximam, sejam excessivos e não explicáveis face ao aumento do preço dos produtos ou de outras situações, deviam ser taxadas de maneira especial para que se evite a imoralidade da exploração ou do enriquecimento por açambarcamento ou outra técnica daquelas que costumam ser usadas nas situações de guerra e escassez e que costumam ser suportadas pelos que menos têm.
O que se comprava por 4€ agora custa 5€, o que se comprava por 7€ agora custa 10€. O meu salário é que não sobe aos 20% de cada vez. Na verdade vai subir 0%, qualquer coisa.
