A, ainda, PGR, não tem que andar a toque de caixa dos políticos. Sim, já devia ter falado para sossegar mentes, mas compreendo que não o tenha feito, porque quanto mais falar mas dissecam tudo o que disser e mais a crucificam nos jornais, para salvar a face de Costa e quejandos. Aguiar-Branco terá feito essa intervenção para mostrar espírito de camaradaria com o outro partido maior da AR, do qual depende o governo do seu partido, para concluir a legislatura, mas fica-lhe mal.
Podia, em vez disso, procurar consenso em matérias de legislação que são do interesse do povo e não do interesse do Vítor Escária e dos seus 70 mil euros escondidos em garrafas de vinho em gabinetes do primeiro-ministro que confessa publicamente que é a favor de cunhas porque a burocracia do pais é um inferno (que ele ajudou a manter).
Antes de ontem ouvi, no programa da Euronews dedicado às propostas apresentadas e aprovadas no PE, que tinham aprovado há uns dias um directiva ou uma lei (não sei ao certo, mas constrange) segundo a qual, a partir de agora, todas as reuniões e encontros com deputados ou membros da Comissão têm que ser pedidos e ficar registados, se aconteceram, onde e quem, etc. Não há almoços, jantares, idas à sauna em privado. É tudo público e fica escrito. Foram buscar a iniciativa à lei irlandesa que já a tem há algum tempo. Ora aqui está uma iniciativa para Aguiar-Branco promover, em vez de pressionar os PGR a deixarem os políticos navegar à bolina e aportar onde lhes aprouver.