Cada vez pagamos mais impostos para os governantes nos empobrecerem. Ainda hoje estava a ler um artigo de Ribeiro e Castro acerca da baixa natalidade no país e das mulheres terem filhos cada vez mais tarde. Pudera, ganham muito pouco e os namorados também de modo que não têm dinheiro para constituir família. Muitos vivem em casa dos pais ate aos quarenta anos ou mais, para reduzirem custos de vida. Não admira que as raparigas que querem muito ter um filho antes dos quarenta anos procurem homens sozinhos, com uma carreira já feita, isto é, com o dobro da idade, que tenham meios para lhes fazerem um filho e sustentá-lo. Conheço vários casos, de um lado e de outro. Não é só cá no país, mas isso não nos consola. Deixamos, com esta falta de interesse dos governantes (alguns mediocridade, mesmo) que os jovens saiam todos do país porque aqui os salários não dão para viver. Tenho cinco sobrinhos, jovens, fora do país. Todos com uma carreira e uma vida estável a ganhar bem. Uma delas está agora grávida e não vai voltar. Uma outra, veterinária, vai-se embora também, porque hoje em dia, neste pais, não é possível ser jovem e ter uma vida decente a não ser que a família tenha dinheiro ou que se tenham cunhas. A carrada de ex-alunos que emigraram... Estamos como no tempo da guerra com as ex-colónias em que todas as famílias tinham, pelo menos um membro na guerra, só que agora é na emigração. E as mulheres, sendo mais qualificadas ganham muito menos que os homens. E não é que não haja dinheiro no país. Tem vindo tanto dinheiro da UE, desde que lá entrámos... só que é mal usado. É desperdiçado em campos de bola, aeroportos vazios, delinquentes da banca, auto-estradas paralelas, projectos de amigos, pareceres de milhões... É um sem número de malfeitorias umas atrás das outras.
Temos sido muito mal governados, muito mal governados. Consomem o dinheiro todo nos gabinetes. Governam para o poder. Isto é revoltante. Como é que se incentiva os jovens a estudar se o resultado é este? Que futuro pode este país ter nestas condições?
Jovens licenciados tiveram a maior quebra salarial na década passada: 17%
Mais educação protege o emprego, mas salário médio dos jovens licenciados caiu desde 2010 até 2018. Mulheres são mais qualificadas, mas ganham até 38% menos do que os homens.
