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June 03, 2023

Porque é que o diploma dos concursos que o Presidente assinou de cruz, não interessa, nem aos professores que o ministro garantiu que o queriam III

 

( o tal concurso que obriga os professores a concorrer ao país e a ficarem efectivos onde forem calhar (numa zona em vez de uma escola) durante anos a fio e sem nenhum tipo de ajuda, ainda por cima) - isto deve fazer parte das estratégias do ME para atrair novos professores...)

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A lecionar no Porto e com quase 20 anos de docência, Tânia Correia é uma das dezenas de professoras contactadas pelo DN que não concorreram para vincular. Para a docente, “obrigar as pessoas a concorrer a todo o país para vincular é uma violação de direitos”. “O facto de pensar que posso ficar vinculada num QZP a centenas de quilómetros de casa, longe da minha família, sendo que o meu filho vai para o 2º ano e precisa de um acompanhamento, é impensável. Acresce ainda a questão financeira e o facto de não ter capacidade económica para sustentar duas casas e as respetivas contas”, avança. A possibilidade de ficar colocada na zona sul do país levou Tânia Correia a refutar a possibilidade de, finalmente, deixar de ser precária.

Vânia Gomes, Vila Nova de Gaia, professora contratada há 18 anos, já passou por cerca de 20 escolas, em cinco concelhos diferentes (Marco de Canaveses, Póvoa de Varzim, Matosinhos, Vila Nova de Gaia e Porto). Como todos os contratados, espera ansiosamente o dia em que deixará de estar “com o coração nas mãos” a cada ano letivo, sem saber onde ou quando será colocada. Contudo, nem o seu histórico “saltitante” alterou a decisão de continuar como precária. E não foi apenas pelo facto de ter de concorrer a todo o país no concurso do próximo ano (2024), mas também porque os professores que manifestaram intenção de vincular pelas novas regras ficam alocados a um quadro zona e não a uma escola em específico. “Em primeiro lugar, no ano letivo 2023/2024, ficaria sujeita a ficar colocada em vagas de QZP. Ou seja, no meu caso, ficaria colocada numa escola inserida no QZP 1, que abrange escolas até Monção, a 150 km de distância da minha residência. Em segundo lugar, no ano letivo 2024/2025, ficaria sujeita a ficar colocada em qualquer QZP. Ou seja, em qualquer escola a nível nacional”, explica.

Segundo a professora “isto significaria, ao contrário do anunciado pelo senhor ministro da Educação, andar com a casa às costas”. “Tendo em conta os preços de aquisição/arrendamento atualmente praticados, a não existência de qualquer subsídio de renda ou transporte (ao contrário de outras carreiras), por ter 45 anos de idade, vida estabilizada em Vila Nova de Gaia (casa, família, marido com emprego no Porto e dois filhos em idade escolar), a obrigação de concorrer a nível nacional não me deixa alternativa senão optar por não concorrer à VD”, conclui. A docente afirma que “cerca de 95 % dos professores” que conhece em condições de vida idênticas à sua “optaram por não concorrer”.

arlindovsky in “Obrigar a concorrer a todo o país é violação de direitos”

April 04, 2023

A especialidade do ME parece ser a de dizer o que não é verdade

 


As contas do governo e as contas dos dirigentes escolares

O governo apresentou uma proposta aos sindicatos com vista a corrigir as assimetrias provocadas pelo período de congelamento das carreiras. Em declarações à Lusa, o ministro da Educação afirmou que só essa proposta tem um custo de 161 milhões de euros, razão pela qual a recuperação integral e imediata do tempo de serviço dos professores é uma exigência inaceitável. Mas um estudo rigoroso da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE) vem demonstrar que, afinal, o seu custo é de apenas 5,83 milhões de euros. Vejamos então o que diz a ANDE sobre as três medidas que constituem a proposta do governo, calculando o impacto da sua aplicação na massa salarial dos professores em 2023, com retroativos a 1 de janeiro.

(...)

Até ao momento, as contas dos dirigentes escolares não foram contraditadas nem desmentidas. A ser assim, os professores têm razão quando exigem seriedade e respeito. Têm razão em manter a sua luta e toda a contestação. Têm razão quando exigem a reposição integral da totalidade do tempo de serviço congelado, algo que um outro estudo dos dirigentes escolares, não contraditado nem desmentido, demonstrou ser possível até ao final da década.


July 30, 2022

Mais uma razão para não ser professor: o ministro pode achar piada tirar as férias aos professores só para mostrar que manda




Alunos que tiveram covid-19 podem fazer exames em agosto

Alexandra Inácio

Alunos que estiveram infetados ou em isolamento durante os exames do Secundário da primeira e segunda fase podem fazer as provas numa época especial entre 10 e 19 de agosto.

A Federação Nacional de Professores emitiu um comunicado esta sexta-feira a denunciar que o Júri Nacional de Exames apenas informou as escolas no dia 27 de que os alunos que estiveram com covid-19 ou apresentaram atestados médicos para justificar as suas faltas nas duas fases de provas podem realizar a avaliação na época especial.

A época especial de exames realiza-se até à terceira semana de agosto para casos excecionais como atletas de alta competição, grávidas, mães ou pais estudantes ou militares, a que se podem juntar casos de doença. A época está prevista no despacho publicado em março relativo à avaliação externa e, por isso, alega fonte do gabinete de João Costa ao JN, as escolas não sabem apenas desde dia 27.

A Fenprof garante no comunicado que como os alunos que tiveram covid-19 podem fazer exames na época especial vão poder fazê-lo nas escolas onde se inscreveram o que vai interromper as férias dos professores. No ano passado, frisam no comunicado, os alunos fizeram as provas num "momento posterior ao do período de férias".

A Fenprof assegura que o Código do Trabalho prevê o direito a indemnização, "designadamente de despesas já efetuadas", aos docentes que tenham de interromper as férias para vigiarem as provas