A questão da Joacine

Independentemente da posição do Livre, que a escolheu pelas razões erradas, por populismo (uma mulher negra no parlamento) esquecendo que um partido com um só deputado tem que ser mais criterioso no juízo das virtudes desse deputado visto que se torna o fenótipo do partido, o que chateia neste caso todo é o comportamento da deputada e a falta de consciência do que representa.

Não simpatizo com o Livre, que é um partido trotskista apoiante do governo Costacenteno, mas estava um bocadinho a torcer pela Joacine, quer dizer, as mulheres estão sub-representadas na política e as africanas ainda menos, de modo que cada uma que faz um trabalho de valor representa mais um degrau na escada da paridade. O que chateia é que ela nem tem consciência disso nem noção do dever e trabalha para se representar a si mesma.
Sim, há imensos políticos homens que também fazem isso mas lá está, estão sobre-representados e podem dar-se ao luxo de ser egoístas que a sua má reputação não se estende a outros por contágio.


Partido Livre vai votar moção que exige a saída de Joacine do Parlamento