Sem a qual não é possível uma vida em sociedade, quanto mais democrática.
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(...) conclusão do relatório "Acesso a cuidados de saúde, 2022". Segundo este estudo, o acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde está a decrescer, sobretudo para a população menos favorecida economicamente. Num país de grandes assimetrias, onde o elevador social parou e não funciona, a degradação acentuada de serviços públicos de saúde e de educação condena os mais pobres a persistirem num círculo vicioso e os mais novos a procurarem, cada vez mais, oportunidades lá fora, o que é espelhado pelas estatísticas. Os números, de facto, não enganam.O resultado da falência dos serviços públicos, da degradação das instituições e de uma carga fiscal que ostraciza famílias e empresas são o combustível que alimenta os perigosos populismos e discursos extremistas. Era bom que da parte dos poderes públicos, em especial do Governo, fosse tomada a devida nota que a melhor forma de os combater é começar a resolver, de facto, os problemas das pessoas.
Margarida Balseiro Lopes, JN