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January 05, 2020
Cá está a domesticação da escola
... para que não subverta os poderes instituídos, neste caso o poder do homem impor as normas sociais às mulheres. Este indivíduo que assina como pai e contribuinte escreve um artigo que parece lamentar a perda do ensino dos clássicos, até que no último parágrafo diz ao que vem: quer a destruição da escola (O mal está feito, tem raízes profundas, e não se resolve com reformas. É preciso abater e reerguer todo o sistema educativo) porque nós, professoras, somos feministas fanáticas em delírio, que ensinam a respeitar o ambiente e a ambicionar a paz (coisas que ele acha ridículas) e que odeiam homens (pelo menos no Twitter), ou seja, já não lhes obedecem como antigamente.
Os que estão agora no poder impuseram a sua reforma que destruiu a anterior (excepto na parte de domesticar as professoras, porque lá está, não se pode deixar a escola nas mãos de especialistas se forem mulheres);
Os que não estão no poder querem destruir esta reforma e impor a sua (o que farão quando lá chegarem) que passa por dar poder aos pais (homens, calculo) para que espontaneamente vão às escolas obrigar as professoras a cumprir os seus anseios de machos bélicos.
É isto, todos querem domesticar a escola para impedir que possa ser agente de mudança não controlada por agendas ideológicas e paternalistas.
... lutar para que os filhos possam ser ensinados com os meios, os temas e as obras que foram sufragados pelo tempo, e cuja validade não pode ser posta em causa por agendas políticas, muito menos pelo delírio de feministas, ecofascistas, pacifistas primários e outras seitas, que fervem quando vêem um crucifixo numa escola pública ou quando lêem um masculino genérico no Twitter, mas que não se reprimem de encher a cabeça dos filhos dos outros com as suas próprias extravagâncias, nem de, se tiverem oportunidade, verter o procedimento em letra de lei. O labor dos fanáticos é neurótico, hostil e profundamente nocivo. Travá-lo é um imperativo moral.
Carlos Miguel Fernandes, A geração mais ridícula de sempre
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