Lembro-me de ver um filme sobre a pintora americana -Catherine Weldon- que viajou para a reserva de 'Sitting Bull' para pintar o seu retrato, pouco antes dos americanos o assassinarem. Ela conta o que a motivou a fazer a viagem: foi ter visto as pinturas de George Catlin sobre os nativos americanos. Ela olhou as pinturas e o que viu naquelas planícies, nas cavalgadas e no modo de vida dos índios foi, liberdade.
Pois é isso que vejo quando olho a paisagem da minha janela, que não sei captar. É estendida, larga (muito mais larga que esta nesga que apanhei), grande e profunda. Olha-se e sente-se a liberdade na continuidade do mar até ao infinito, com os grandes navios a diminuirem o tamanho até serem pontinhos no horizonte onde o mar se pega ao céu. E vêem-se as aves. Liberdade. Às vezes em fogo.