Bocage, oriundo de famílias muito cultas e eruditas, teve uma infância infeliz -perdeu cedo ambos os pais- e depois disso teve uma vida muito atribulada que o levou de Portugal ao Rio de Janeiro, daí a Moçambique e daí à Índia de onde voltou para ser preso por Pina Manique e depois pela Inquisição. Um poeta perseguido toda a vida que morreu com 40 anos.
Setúbal (Reino de Portugal)
Morte: 21 de dezembro de 1805
Lisboa (Reino de Portugal)
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Liberdade querida, e suspirada
Liberdade querida, e suspirada,
Que o despotismo acérrimo condena;
Liberdade, a meus olhos mais serena
Que o sereno clarão da madrugada:
Atende à minha voz, que geme e brada
Por ver-te, por gozar-te a face amena;
Liberdade gentil, desterra a pena
Em que esta alma infeliz jaz sepultada.
Vem, oh deusa imortal, vem, maravilha,
Vem, oh consolação da humanidade,
Cujo semblante mais do que os astros brilha:
Vem, solta-me o grilhão de adversidade;
Dos céus descende, pois dos céus és filha,
Mãe dos prazeres, doce Liberdade!