Hoje uma colega, solteira e sem filhos, mostrou-me fotografias de uma sobrinha-neta acabadinha de chegar ao mundo. Um dia de vida. As primeiras 24 horas a respirar. Novinha em folha. Já cá está deste lado. Sem consciência nenhuma do sarilho em que está metida, totalmente dependente e, por isso, em risco permanente de vida durante, pelo menos, três anos. Como diz um psiquiatra francês cujo nome não recordo, 'um bebé não existe sozinho'. E, no entanto, um bebé é um organismo resistente que vem com um programa de relacionamento e percepção instalados e prontinhos a produzir experiências e aprendizagens.
Uma luzinha de esperança: quem será que lá vem?