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December 21, 2021

Este SE da educação é a Lurdes Rodrigues em versão homem - destrói tudo em que toca

 


Alunos vão poder escolher as disciplinas que querem estudar


Isto título é enganador. Uma inverdade. O artigo está cheio de demagogia barata eleitoralista para enganar incautos onde dizem que os alunos, agora é que vão poder escolher os seus percursos. Eu estava a achar isto muito estranho, da parte deste secretário de Estado autoritário. Lá para o fim do artigo é que percebemos ao que vêm.

Como não sabem resolver o problema da falta de professores no presente e no futuro, porque isso implicaria ter uma política para a educação, que não têm: governam para poupar dinheiro e para a estatística com chavões do século passado, arranjaram maneira de os alunos terem menos disciplinas e dos professores terem mais turmas, não tendo mais alunos. Então como fazem isso? 

Na prática vão estender ao secundário o que fizeram no básico, que foi juntar disciplinas baixando a qualidade do ensino (um professor de português formado em línguas também pode dar história e vice-versa); tirar horas a umas disciplinas e dar a outras. No básico há disciplinas que foram reduzidas a uma hora por semana, de modo que aquilo não serve para nada.  E ainda vão juntar disciplinas, como por exemplo, Filosofia e Biologia (tem tudo a ver...lol) e cada um dá seis meses de aulas, ou seja, nos outros seis meses pega noutra turma e fica com quase o dobro dos alunos que tem hoje em dia, de maneira a não ter de ir buscar mais professores.

Os alunos do secundário, agora têm, nos cursos regulares, chamados, «científico-humanísticos», 7 disciplinas: 4 da Formação Geral, que são o português (trienal), uma língua estrangeira + a filosofia que são bienais e a educação física, (trienal). Depois tem 3 disciplinas da Formação Específica; a Matemática nas ciências ou a História nas humanidades que são trienais + duas bienais. Neste novo plano passa a ter uma disciplina trienal, duas bienais e duas anuais, ou seja de 7 disciplinas, passam para 5, reduzem o tempo (de bienais passam a anuais) sendo que podem agregá-las para ainda reduzir mais o currículo.

Quer dizer, o que chama poder escolher as disciplinas, na prática é poder reduzir o currículo e reduzir as disciplinas a umas horinhas por período. E isto para quê? Para não terem que investir na educação e na carreira dos professores  e para que os alunos do secundário tenham as mesmas taxas de sucesso enganador que os alunos do básico. 

O desejável era que os alunos pudessem alargar a sua base de estudos, com disciplinas do seu interesse que sejam portas para mais caminhos e não reduzir o currículo, já de si reduzido ao ponto da mediocridade sem retorno.

Na prática vão estender ao secundário o que fizeram no básico alargando a mediocridade a todos. Agora é que os alunos saem de lá uns ignorantes encartados que tiveram umas horinhas disto e umas horinhas daquilo para poderem passar todos. E a seguir vão fazer o mesmo aos cursos universitários. Aliás, o processo de Bolonha já foi nesta direcção.

Espero que este governo perca as eleições. Não percebo como estando em situação de gestão até às eleições podem fazer estas alterações drásticas na educação mas espero que os portugueses entendam que sem educação não há país e expulsem de lá este governo e este senhor que é o exemplo perfeito do princípio de Peter e que o próximo governo, seja ele qual for, rasgue toda a porcaria que este senhor e o seu ministro emplastro fizeram e que puserem a educação no estado em que está.