Μὴ μου τοὺς κύκλους τάραττε.
(’Αρχιμήδης)
Não perturbem os meus círculos! ("não perturbem o meu trabalho!") são as últimas palavras atribuídas a Arquimedes, dirigindo-se a um soldado inimigo.
201 a.C - Segunda Guerra Púnica, cerco de Siracusa. Arquimedes ajudou os seus compatriotas na luta contra os romanos graças às suas invenções: os navios romanos foram esmagados por enormes alicates activados a partir de uma torre que sobressaía das muralhas, outros foram incendiados graças a espelhos gigantes. Os romanos demoraram três anos a entrar na cidade. Mas entraram. Marcelo, famoso consul romano que tinha grande admiração e respeito pelo cientista inimigo, ordenou que a sua vida fosse poupada e chamou-o à sua presença, mas quando o soldado romano foi buscá-lo, Arquimedes, que estava concentrado no seu trabalho a traçar figuras no chão, não se apercebeu da situação e, não percebendo que estava a falar com um soldado inimigo, terá dito, Não perturbem os meus círculos! O soldado, irritado com o facto de um homem derrotado lhe pedir para se afastar, sem saber que era Arquimedes, matou-o no local. (Segundo Plutarco)