Se a única ferramenta que tens é um martelo, tudo começa a parecer um prego, é um aforismo que se aplica à Mariana Mortágua. Tem a cabeça cheia da ideologia do ódio. Na sua cabeça todos os portugueses, excepto ela e mais uns quantos que são salvadores revolucionários, são racistas e xenófobos. Vive num mundo imaginário onde encabeça flotilhas revolucionárias.
Não sei se ela é professora e tem experiência de leccionar em escolas com imigrantes para dizer estas coisas, mas eu sou e tenho. A minha escola sempre teve imigrantes. Neste momento tem mais de três dezenas de nacionalidades. Eu mesma, só em duas turmas do 10º ano tenho 8 nacionalidades estrangeiras: China, Rússia, Ucrânia, Senegal, Venezuela, Brasil, Angola, Cazaquistão. Não sei se me está a escapar alguma. No ano passado a mesma coisa. Cada vez temos mais imigrantes, portanto, muitos estrangeiros dentro das salas de aula.
Não sei se a minha experiência interessa a uma pessoa que não sabe um boi do que se passa nas escolas, mas cá vai: há muitos anos que não vejo xenofobia ou racismo nas turmas.
Dantes, até há uns 8 ou 10 anos, sempre que tinha alunos negros nas turma tinha que me chatear com outros alunos por chamarem-lhes pretos, apesar de muitas vezes o fazerem sem intenção de ofender e muitas vezes até os próprios diziam que não se importavam, que eram amigos. Mas importava-me eu. Tinha que explicar que é um termo racista e inapropriado, mesmo sendo amigos.
Porém, de há vários anos a esta parte que não vejo comentários nem comportamentos racistas para com os imigrantes, venham de onde vierem. Nem tenho conhecimento de haver situações de racismo e violência racista contra imigrantes dentro da escola.
Onde vejo xenofobia é entre os próprios imigrantes. Por exemplo, já vi tensão xenófoba entre moldavos e ucranianos.
A propósito de tudo, e neste caso a propósito de uma situação de extrema violência numa escola, a Mariana Mortágua, sem saber as razões e o contexto da violência, vem logo para os jornais falar numa generalização de ódio a imigrantes nas escolas, num daqueles discursos dela que vêm de lugares vazios de conteúdo real, mas cheio da sua ideologia de flotilha.
Bloco de Esquerda cobra Ministério da Educação sobre aluno que teve dedos decepados
Mariana Mortágua indaga o que está sendo feito para conter violência nas escolas de Portugal, movimento que, segundo ela, tem a ver com aumento do ódio contra imigrantes. Ministério abre averiguação.
(...) sobre a violência sofrida por um estudante brasileiro de apenas 9 anos na Escola Básica de Fonte Coberta, em Cinfães. Ele teve parte de dois dedos da mão esquerda decepados. Dois alunos prenderam a mão do garoto na porta do banheiro do colégio.
Mariana Mortágua ressalta que o fato de o estudante ser de nacionalidade brasileira "está, alegadamente, relacionado com a violência que sofreu". E enfatiza: "O crescimento do discurso xenófobo na sociedade expõe uma parte da população, incluindo crianças, numa situação de risco e vulnerabilidade". A parlamentar destaca que "o crescimento da população escolar com origem migrante, num ambiente de aumento do discurso e das práticas de ódio, exige um esforço também por parte da escola pública para prevenir casos de violência e para promover a igualdade e os direitos de todas as crianças".
Mariana Mortágua indaga o que está sendo feito para conter violência nas escolas de Portugal, movimento que, segundo ela, tem a ver com aumento do ódio contra imigrantes. Ministério abre averiguação.
Público
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