Pacheco Pereira, no seu espaço de crónica, entendeu publicar os comentários que os leitores fizeram à sua pessoa, depois do último Princípio de Incerteza.
Não são particularmente ordinários. Acima de tudo são de falta de respeito e de ignorância mascarada de 'Princípio de Certeza'.
Só queria chamar a atenção deste pormenor: repare-se que estas pessoas que comentam deste modo PP, são o povo em geral, são os pais e encarregados de educação dos alunos das escolas, aqueles a quem o ministro da educação pôs um lápis azul nas mãos para censurar o que os professores podem ou não ensinar, na escola pública. Cada um pense bem o que isto significa.
Como PP pergunta no fim do artigo,
é este o Portugal no qual se revê, no qual quer educar os seus filhos, no qual valores tradicionais e conservadores a que chamamos “boa educação” existem e são praticados?Para quem quer ler o artigo/comentários: publico.pt/
Gosto um imenso de Pacheco Pereira que considero uma pessoa de excepção no bom sentido da palavra. Oiço-o sempre que posso - presencialmente sobretudo - o que é pouca vez (para quase tudo se pedem verbas). Por não ser assinante do Público nem querer sê-lo, por não ter FB nem querer tê-lo, não tenho acesso aos comentários alarves desta gentalha portuguesa. Não perdi. Lamento pertencer a este país e a este povo ora florescido e não me identifico. Gosto da personagem e tenho dó e asco de quem à sombra do anonimato (mesmo com nomes são anónimos) sabe apenas atirar pedras e achincalhar. Aprendi que, se não gosto, ponho na beira do prato e não como; aprendi que, mesmo sem comer ou gostar, reconhecer o valor quando ele se me depara, é de lei; aprendi a respeitar o outro tanto quanto me for possível. Não tenho aura, já magoei e vou continuar a magoar os outros porque nos é por vezes impossível não o fazer, circunstâncias existem em que acentuar os erros e errar também faz falta. Mas respeitar a dignidade que a todo o homem se deve é um direito. A roupa suja, também isto me ensinaram, lava-se em casa e cara a cara quando possível. Neste caso nem de roupa suja se trata é pura maldade e alarvice.
ReplyDeleteQuanto estes factos me desgostam e defraudam não tem nome. A minha luta é pela elevação e discernimento desse povo ignorante e boçal de onde venho e a que pertenço. E parece-me hoje que, salvo algumas excepções, foi e continua sendo luta vã. Garanto, só não desisto de todo por não saber viver de outro modo.
Desculpe o arrazoado, mas ver alguém de quem gosto, que admiro e tem trabalhado incansavelmente em prol do bem público, achincalhado num jornal por uns tantos badamecos (sendo benévola) tira-me do sério.
Hoje-em-dia estou muito mais vezes em desacordo com PP do que em acordo, mas estes comentários -que vemos constantemente nos jornais, nas redes sociais e, por vezes, até nas TVs- mostra o que é o comum das pessoas. Hipócritas, umas e, a maioria, incapaz de contrariar argumentos. Então, ficam-se pelas ofensas, pelo bullying... Faltam-lhes uma "tintas de filosofia" como dizia BR.
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