Em nome da liberdade desregrada de mercado -que Bezos consagrou como único tema de opinião do novo Washington Post- que, como sabemos, enriquece os mais ricos, empobrece os mais pobres e deixa os outros no limbo, reféns de oligarcas canibais e corruptos - tal como na Rússia.
Há poucas vozes da oposição a falar. Meia dúzia de representantes no Senado e no Congresso. Os ex-presidentes e todo o seu staff estão caladinhos. Os juízes têm sido os verdadeiros opositores deste golpe de Estado mas Musk está a arregimentar um exército para os despachar e substituir por sicofantas. Como cá se quis fazer, a certa altura.
Fora desse pequeno reduto, a única voz que ouvi, publicamente, a apelar à luta contra o que se está a construir foi Jane Fonda, numa daquelas entregas de prémios que são muito vistas. Ela é do tempo do Maccartismo, do pós-2a guerra mundial, da luta pelos direitos civis e percebe o que Trump-Musk estão a fazer. Disse-o claramente para um audiência de actores, produtores e realizadores, pessoas com muito poder, que a época é de luta e que todos têm que participar. Apelou ao activismo contra o autoritarismo. Teve umas palminhas tímidas. Não me parece que aqueles que estão em posição de lutar, seja porque têm poder, dinheiro ou influência, tenham interesse em pôr em causa os seus privlégios.
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