Quem não saiba que o futebol português é o maior trampolim de corrupção do país; quem não saiba que se fala lá mais de prostituas e subornos do que do desporto; quem não saiba que Pinto da Costa foi o Padrinho do futebol português durante dezenas de anos, com dezenas de casos de encomenda de sovas, subornos, vinganças violentas, comércio de prostíbulos, políticos no bolso, etc. e leia este editorial pensará que ele foi o Afono Henriques, tal a glorificação com termos como «abençoado» e «brasão», e não o capo da máfia que foi.
Glorificam-no porque tornou o FCPorto cheio de títulos ganhos com virtude e ele mesmo, Pinto da Costa, um modelo social de empreendorismo para a juventude, que engrandece o país? Não, só a parte dos títulos e de ser temido. Sim, ele foi uma figura importante no país durante décadas mas pelas razões erradas.
Este artigo explica muito do país que somos, da tolerância à corrupção e da glorificação dos corruptos. Não somos diferentes dos russos que adoram Putin ou Estaline ou dos americanos que adoram Trump e Musk. É triste.Direção
Jorge Nuno Pinto da Costa foi a figura maior de uma vontade popular difícil de corporizar. Sangue, suor e lágrimas. O F. C. Porto que carregava para todo o lado congregava-se, por sua inspiração e teimosia, na cidade e na região, tornando ainda maior esse sonho azul que não morreu consigo. Ser presidente do Porto não foi apenas ser presidente do Porto. Pinto da Costa tornou-se, de longe, na personalidade mais marcante da história do futebol português.
A doença venceu-o no derradeiro combate da vida. Mas o que fica para a posteridade é a memória de um homem que se converteu numa lenda. A eterna mocidade forjada num brasão abençoado.
Um editorial da Direcção bem elaborado, sincero e verdadeiro!
ReplyDeleteCumprimentos,
João Moreira
Mais outro fanático dos mafiosos da bola...
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