A deputada única do PAN Inês de Sousa Real também viu aprovada uma resolução que recomenda ao Governo a adoção de medidas de prevenção, sensibilização e combate aos casamentos infantis, precoces ou forçados.
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A educação sexual inclui conhecer o funcionamento do corpo mas é muito mais que isso. É uma educação para a consciência da auto-determinação da pessoa, para os limites a ter em conta nas relações amorosas e sexuais, a importância absolutamente fundamental do consentimento nas relações amorosas, reconhecer os sinais de violência no namoro, falar de contracepção e de todas as possibilidades de evitar gravidez e/ou abortos, falar de respeito e do prazer/alegria enquanto sintoma de um namoro ou relação saudável, em contraste com o medo, ansiedade e desprazer de namoros ou relações opressivas, forçadas e inibidas de um desenvolvimento saudável.
É cada vez mais urgente educar abertamente os adolescentes na dimensão sexual da vida para que não sejam educados exclusivamente pelas redes sociais e canais de pornografia que perpetuam paradigmas de violência, utilitarismo e narcisismo nas relações humanas.
Os franceses reforçaram essa iniciativa depois do caso de Pelicot. Na minha escola, como em outras, todos os anos vão lá elementos das forças de segurança falar de violência no namoro, das suas causas, sintomas e consequências. Porém isso não chega porque não abrange todos os alunos e é uma palestra de uma hora e meia com perguntas e respostas. Não é suficiente.
Não estou a ver os conservadores do país estarem de acordo com essa disciplina. Só a cidadania já causou um sururu que até meteu tribunal.
ReplyDeleteNão estão de acordo porque têm ideias erradas acerca do que é uma disciplina dessas. Têm aquelas noções canónicas arcaicas acerca da sexualidade, sobretudo das raparigas, inculcadas pela religião católica - e não só.
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