O lugar onde me senti mais desconfortável, saí de alma doente e nada me fará entrar em sítio semelhante. Ninguém que o visite pode esquecê-lo. Mas a presença e a memória não igualam todos os homens.
Nunca lá fui e sempre pensei que era importante ir lá. Talvez ainda possa ir. Para se perceber o que aquilo era é preciso ler os relatos dos sobreviventes, que os escreveram pouco tempo depois do fim da guerra - 10, 15 anos, quando tudo era ainda vívido na memória. Porque estes documentários mostram as coisas assépticas, descarnadas do horror, do desumano e do sofrimento. Ir lá talvez se aproxime dessa experiência de entrar na vida do outro e o outro ser um Ka- Tzetnik.
O primeiro livro que li desses chamava-se "Atrocidade Ka- Tzetnik 135. 633" - é o relato na primeira pessoa de um sobrevivente. Li isso devia ter uns 13 anos (ainda tenho esse livro). Fez-me uma grande mossa e foi o princípio de uma interrogação que nunca mais parou e ainda não acabou.
O lugar onde me senti mais desconfortável, saí de alma doente e nada me fará entrar em sítio semelhante. Ninguém que o visite pode esquecê-lo. Mas a presença e a memória não igualam todos os homens.
ReplyDeleteNunca lá fui e sempre pensei que era importante ir lá. Talvez ainda possa ir. Para se perceber o que aquilo era é preciso ler os relatos dos sobreviventes, que os escreveram pouco tempo depois do fim da guerra - 10, 15 anos, quando tudo era ainda vívido na memória. Porque estes documentários mostram as coisas assépticas, descarnadas do horror, do desumano e do sofrimento. Ir lá talvez se aproxime dessa experiência de entrar na vida do outro e o outro ser um Ka- Tzetnik.
DeleteO primeiro livro que li desses chamava-se "Atrocidade Ka- Tzetnik 135. 633" - é o relato na primeira pessoa de um sobrevivente. Li isso devia ter uns 13 anos (ainda tenho esse livro). Fez-me uma grande mossa e foi o princípio de uma interrogação que nunca mais parou e ainda não acabou.