Mas agora as realidades passam-lhe ao lado. "Buscas do Ministério Público (MP) em torno de processos e figuras ligadas ao PS", infelizmente não acontecem só em altura de eleições, porque se fosse esse o caso, significava que havia poucos casos. Não há assim tantas eleições. Não, infelizmente, nos últimos anos repetiu-se o que acontecia nos tempo de Sócrates ser PM: dia sim, dia não, saía uma notícia de figuras ligadas ao PS metidas em esquemas, ou de corrupção, ou de tráfico de influências, ou de desvio de fundos ou outra ilegalidade qualquer. (Pinho acaba de ser condenado por 1030 factos criminosos enquanto governante, dados como provados) É isso que lhe passa completamente ao lado: sim, é verdade que todos os partidos têm gente podre, mas o PS parece batê-los a todos. Foram tantos, mas tantos, os casos e em figuras do mais alto nível institucional que o governo de Costa acabou por cair. Gostava que alguém, dos jornais, por exemplo, fizesse um infográfico completo e objectivo com todos os casos de processos a políticos, dividindo por categorias (a partir de dados confirmáveis), para termos uma noção clara da situação nesse campo.
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Não desvalorizo o caso, nem a investigação, mas pergunto-me sobre a estranha agenda de atuação do Ministério Público. É que nos dias que correm sabemos que há três coisas que são garantidas quando temos eleições em Portugal: discursos enfadonhos (check); uma ameaça ao Chega, que lhe permite o discurso de vitimização (check); e buscas do Ministério Público (MP) em torno de processos e figuras ligadas ao PS (check).
Ana Drago in www.dn.pt
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