Portugal pertence ao CERN desde 1986. Os nosso estudantes universitários e cientistas têm oportunidade de integrar uma comunidade científica de excepção o que eleva a qualidade das nossas instituições e das nossas práticas científicas, pois no CERN, para além de se prosseguir na descoberta dos segredos do universo, dão-se passos gigantescos na inovação tecnológica.
Em Portugal, as áreas de investigação do LIP (Laboratório de Investigação de Física de Partículas), que são cada vez mais inter-disciplinares, são: física de partículas e astropartículas; aplicações na saúde e exploração espacial; computação científica e ciência de dados.Na aérea da saúde, como se pode ler nesta folha de um dossier do LIP, este laboratório, com material sobrante de projectos com o CERN, desenvolveu equipamentos de Imagiologia de PET (Tomografia por Positrões) três vezes melhor que o melhor que existe no mercado que custa centenas de milhares de euros. A PET é uma técnica que permite localizar reações bioquímicas associadas a determinadas doenças oncológicas, mas também neurológicas e de cardiologia.
Numa época de tanto desprezo e desinteresse pela educação e pelo conhecimento (hoje volta a haver um jornal que traz toda a capa destinada a fazer a apologia de não enviar os filhos à escola), sabermos que temos esta possibilidade de elevar a qualidade dos nosso investigadores num projecto científico internacional, com benefícios de inovação para o país, é animador, mais a mais porque contribuímos apenas com 1% para a verba do CERN. Foi uma aposta bem pensada e bem construída.
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