Milan Kundera em Praga, em 14 outubro de 1973. afp.com/-
No porta-bagagens do seu pequeno Renault 5 leva alguns discos de Béla Bartok e de jazz, algumas fotografias (do seu pai) e um convite da faculdade de Rennes.
À chegada, perguntam-lhe sobre o mundo estalinista. A sua resposta foi sobre Diderot, a quem dedicou a sua peça Jacques et son Maître, traduzida em cerca de vinte línguas (incluindo o albanês) e "elegível para um Prémio Nobel".
Às perguntas que lhe fazem sobre as condições na Checoslováquia soviética responde, "em França, ainda se é demasiado sério. Pensem que Kafka não conseguia ler o primeiro capítulo de 'O Processo' aos seus amigos, de tanto rir às gargalhadas. Nos piores momentos da ocupação soviética, disfarcei a minha identidade, mudei de apartamento e inventei um papel de médico para enganar a polícia e as conveniências do amor."
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Três citações de Kundera:
O som do riso é como a cúpula abobadada de um templo de felicidade.
Não há papéis pequenos. Apenas pequenos actores.
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