Os imigrantes, que engrossam a fila dos pobres, são (juntamente com eles) quem mais depende dos serviços públicos para uma boa integração: acesso à justiça, educação para acesso ao emprego digno e saúde. Em França como em muito países da Europa (sendo nós os campeões) os serviços públicos têm sido desmantelados para satisfazer grandes corporações internacionais privadas. Não por acaso os 'manifestantes' vão a correr destruir as lojas, restaurantes e bens que simbolizam a riqueza a que nunca terão acesso. Também lá o desinvestimento nas polícias tem sido a regra. Em vez de mais polícia, mais bem formada, com melhores condições e melhor seleccionada têm: menos polícia, menos bem formada e seleccionada sem critério. Quanto a polícia se sente em minoria e não é bem formada, dispara o medo e a reacção agressiva. Cá é igual, só que nós somos mansos. Em tempos, aqui na Europa, aspirava-se a uma sociedade mais justa e equitativa. Isso durou uns 50 anos a seguir à Segunda Grande Guerra. Parece que são necessárias grandes catástrofes para as pessoas se comportarem como seres humanos decentes. Veja-se a Ucrânia, como se uniu nesta calamidade da guerra do imperialismo de Putin. Como dizia ontem aquela mulher em Londres, não se pode desinvestir em todos os serviços públicos para engordar os ricos e depois esperar que as pessoas não se revoltem. Isso foi chão que deu uvas no tempo em que a Igreja fazia homilias a glorificar os pobres porque os ricos não entravam no céu e as pessoas obedeciam.
Des mères de familles font le tour des quartiers d’Aulnay-Sous-Bois (93) pour appeler les jeunes au calme (@RemyBuisine) #emeutes #Nanterre #Nahelpic.twitter.com/bdg3DAgvSG
— Anonyme Citoyen (@AnonymeCitoyen) July 2, 2023
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