Estive a ouvir um debate entre candidatos partidários a propósito das eleições em S. Tomé e Princípe. Muito interessante. Entretanto o programa acabou e seguiu-se-lhe um outro chamado, 'Viva Saúde', num episódio sobre relações inter-raciais, com uma entrevistadora e a sua convidada, uma psicóloga (brasileira), já que o tema se focava, sobretudo, nos aspectos psicológicos desse tipo de relações e na maneira como as pessoas romantizam essas relações. Também muito interessante. Fiquei a saber dados que não sabia. Entretanto a psicóloga, cujo nome agora me escapa -a entrevistadora chama-se Gisela Van-Dunann- disse, a certa altura, que durante a colonização portuguesa houve uma tentativa de acabar (ela usou o termo exterminar) com a população negra através da 'branqueação' -termo dela que percebi ser comum no Brasil no âmbito dessa teoria- da população negra que se faria justamente através de relações interraciais que iriam embranquecendo os negros.
Tenho muito dificuldade em acreditar neste teoria porque as características negras são geneticamente dominantes sobre as brancas. Filhos de um casal interracial nascem, por norma com o cabelo, a cor da pele, a cor dos olhos, etc. do elemento mais escuro devido a esses genes serem dominantes. Portanto, se tivesse havido essa ideia de acabar com os negros através da reprodução interracial, ela acabava também e sobretudo, com os brancos. Seriam praticamente todos mestiços. O que na prática, tanto quanto sei, é o que se passa, quer dizer, a maioria da população brasileira é mestiça. Mas a população ser mestiça na sua maioria não é evidência de tentativas de 'branqueação', pelo contrário. Acho que não estou a pensar mal.
Estamos na fase do ódio ao homem branco?
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