April 05, 2022

Merkel continua a pensar que fez muito bem em bloquear a Ucrânia da NATO




E nem face a este desastre da Rússia ter invadido a Ucrânia, por duas vezes, a consegue demover. Porque é como Durão Barrosos e não admite que possa errar. A questão é que esse orgulho imbecil prejudica outros. Durante dez anos os EUA e os países do Leste falaram no erro da dependência do gás russo, mas ela e o seu ministro das finanças é que tinham a verdade. A Alemanha agora diz que precisa de tempo para reajustar a sua economia às sanções energéticas. Lembro-me de quando lhe dissemos o mesmo, não para evitar ajudar um país invadido (por comodismo), mas para a nossa economia não ir para o buraco. Foi-nos dito, a nós e outros países do Sul, que não: tínhamos de entrar em austeridade drástica mesmo significando a miséria para a maioria. Disseram que não fazia mal porque os professores portugueses e a função pública ganhava demais. Os trabalhadores tinham muitas protecções. O seu ministro das finanças só pensava em dinheiro para a Alemanha. Depois viu-se que era um erro e muitos alemães o disseram. Até houve quem sugerisse, na altura da invasão da Crimeia, que a Alemanha viesse buscar gás a Portugal, Norte de África e EUA como sanção a Putin. Também não quis. Afinal nós somos dos países que passam o tempo na praia sem fazer nada e eles é que são muito espertos e sabem tudo. Mais outro erro que alguns agora reconhecem. Mas não ela, pois ela não erra. Tal como Barroso, está acima dessa condição humana. Entretanto, outros pagam pelos seus «não-erros».



Merkel defende a decisão de 2008 de bloquear a Ucrânia à OTAN

A Alemanha tinha considerado demasiado cedo para a Ucrânia aderir à OTAN em 2008, porque constatou que as condições políticas não se encontravam preenchidas nessa altura.

Tal como Merkel, Steinmeier ficou debaixo de fogo por causa do projecto do oleoduto. Os seus sociais-democratas, em particular, têm, ao longo dos anos, insistido em estreitar os laços com a Rússia.

O antecessor de Merkel, Gerhard Schroeder, um social-democrata, recusou-se a abandonar postos-chave nos gigantes da energia russa Rosneft e Gazprom, apesar da guerra de Putin contra a Ucrânia.

Admitindo o seu erro de cálculo, Steinmeier disse que a sua "avaliação era que Vladimir Putin não aceitaria a ruína económica, política e moral competitiva do seu país pela sua loucura imperial".

"Tal como outros, eu estava errado


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