December 02, 2021

Covid-19 - guia contra o pânico

 


"OMS e alguns governos lançaram um pânico que não se justifica"

João Paulo Gomes, do Instituto Ricardo Jorge, observa que falta ainda confirmar que os três casos detectados sejam efectivamente, de ómicron, embora considere que a probabilidade de confirmação é "elevadíssima".

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O pânico não se justifica, mas não pelo facto de serem só três casos -agora até se sabe que são 19, todos no Belenenses. O pânico não se justifica porque já percebemos que vamos ter que viver com este vírus muitos anos até que se encontre uma vacina (ou uma cura) eficaz e duradoura e não podemos viver constantemente em estado de pânico com medidas de pânico.

A maneira de acabar com a pandemia é desenvolver e produzir vacinas e medicamentos eficazes para o mundo inteiro, a custos de aspirina. Isso só não se faz porque os políticos há muito que abdicaram das suas obrigações de cuidado, nomeadamente de conter e impedir monopólios, de lhes cobrar impostos e de os pressionar ao comportamento ético. Dito de outro modo, deixam as farmacêuticas andar à solta como lobos em campos de ovelhas. São cúmplices da sua cupidez. Porém, não podemos -nós, particulares- controlar este cancro que afecta a política mundial (tirando a China e mais um ou dois, mas pelas razões erradas) que é andarem de fininho cheios de deferência para com as grandes empresas multinacionais.

Sendo assim, temos que adaptar as decisões privadas tendo em conta as decisões públicas e o que sabemos da doença.

Portanto:

1. Estar informado sobre o andamento da doença;
2. Estar informado sobre as decisões dos políticos;
3. Vacinar-se (a vacinação devia ser comum de tal maneira que agora mesmo devíamos estar já a encomendar as vacinas para o próximo ano)
4. Usar máscara em espaços públicos fechados ou no meio de muita gente.
5. Lavar as mãos e não as levar à cara.
6. Fazer testes rápidos sempre que necessário. 
7. Quando as autoridades não têm bom senso, temos que ser nós a tê-lo. Por exemplo, em Março de 2020, quando víamos a situação a piorar e a Itália em estado de sítio e não havia, nem vacinas, nem tratamento, nem sequer máscaras à venda para nos protegermos e o primeiro-ministro continuava como se nada fosse, fomos nós, pessoas particulares que decidimos fechar-nos e isso acabou por pressionar o governo. Também no Natal passado, quando o primeiro-ministro 'mandou' toda a gente para o comércio e para as festas de Natal, decidi que não ir passar o Natal com a família, porque são muitas pessoas de todas as idades e não estávamos protegidos com vacinas. Já este ano, por exemplo, decidimos fazer o Natal de família. Estamos todos vacinados, alguns, como eu, já têm o reforço e vamos todos fazer o teste ao Covid-19 no dia.  Já não nos vemos há muito tempo e já existem maneiras de podermos estar uns com os outros, cumpridos que forem certos cuidados. 

Portanto, para evitar andar sempre em pânico, o que torna a vida impossível, é necessário estar informado e ter cuidados adaptados ao evoluir da situação e ao bom senso das decisões dos políticos. Fazer de certos cuidados uma rotina. Sem pânicos.

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