João Paulo Gomes, do Instituto Ricardo Jorge, observa que falta ainda confirmar que os três casos detectados sejam efectivamente, de ómicron, embora considere que a probabilidade de confirmação é "elevadíssima".
---------------------------------------
O pânico não se justifica, mas não pelo facto de serem só três casos -agora até se sabe que são 19, todos no Belenenses. O pânico não se justifica porque já percebemos que vamos ter que viver com este vírus muitos anos até que se encontre uma vacina (ou uma cura) eficaz e duradoura e não podemos viver constantemente em estado de pânico com medidas de pânico.
A maneira de acabar com a pandemia é desenvolver e produzir vacinas e medicamentos eficazes para o mundo inteiro, a custos de aspirina. Isso só não se faz porque os políticos há muito que abdicaram das suas obrigações de cuidado, nomeadamente de conter e impedir monopólios, de lhes cobrar impostos e de os pressionar ao comportamento ético. Dito de outro modo, deixam as farmacêuticas andar à solta como lobos em campos de ovelhas. São cúmplices da sua cupidez. Porém, não podemos -nós, particulares- controlar este cancro que afecta a política mundial (tirando a China e mais um ou dois, mas pelas razões erradas) que é andarem de fininho cheios de deferência para com as grandes empresas multinacionais.
Sendo assim, temos que adaptar as decisões privadas tendo em conta as decisões públicas e o que sabemos da doença.
Portanto:
1. Estar informado sobre o andamento da doença;
2. Estar informado sobre as decisões dos políticos;
3. Vacinar-se (a vacinação devia ser comum de tal maneira que agora mesmo devíamos estar já a encomendar as vacinas para o próximo ano)
4. Usar máscara em espaços públicos fechados ou no meio de muita gente.
5. Lavar as mãos e não as levar à cara.
6. Fazer testes rápidos sempre que necessário.
7. Quando as autoridades não têm bom senso, temos que ser nós a tê-lo. Por exemplo, em Março de 2020, quando víamos a situação a piorar e a Itália em estado de sítio e não havia, nem vacinas, nem tratamento, nem sequer máscaras à venda para nos protegermos e o primeiro-ministro continuava como se nada fosse, fomos nós, pessoas particulares que decidimos fechar-nos e isso acabou por pressionar o governo. Também no Natal passado, quando o primeiro-ministro 'mandou' toda a gente para o comércio e para as festas de Natal, decidi que não ir passar o Natal com a família, porque são muitas pessoas de todas as idades e não estávamos protegidos com vacinas. Já este ano, por exemplo, decidimos fazer o Natal de família. Estamos todos vacinados, alguns, como eu, já têm o reforço e vamos todos fazer o teste ao Covid-19 no dia. Já não nos vemos há muito tempo e já existem maneiras de podermos estar uns com os outros, cumpridos que forem certos cuidados.
Portanto, para evitar andar sempre em pânico, o que torna a vida impossível, é necessário estar informado e ter cuidados adaptados ao evoluir da situação e ao bom senso das decisões dos políticos. Fazer de certos cuidados uma rotina. Sem pânicos.
No comments:
Post a Comment