Isto que se passa no IPO e em outros hospitais é o resultado dos cortes às cegas do governo Costacenteno, cuja metade que mandava que os da bola lhe oferecessem benesses, está agora entachada no BdP.
Quanto à Temido, nem vale a pena dizer para pôr os pés na realidade, porque isso é algo que a ultrapassa. O último responsável destes incompetentes todos à frente dos ministérios é o primeiro-ministro. E é por estas e por outras que este governo não podia continuar. E sim, ia pôr muito dinheiro na saúde e na educação mas à toa, sem plano ou estratégia.
Ontem o chefe dos empresários dizia que estava tudo assustado com o dinheiro que se ia "esbanjar" na saúde e educação. Esses aí querem serviços públicos de qualidade mas não querem pagá-los, nem aos impostos - na cabeça dessa gente devíamos ser como os estagiários a quem não pagam salários. Os estagiários são servos que não precisam de comer. Os pais que os sustentem. E já agora que paguem os impostos que eles não pagam. Este é um país de esquemas e de esquemáticos. E é tudo legal!
De facto, o que temos é uma crise de valores, como li hoje: competência, honestidade, decência, noção de serviço e etc.
IPO-de-Lisboa-sem-capacidade-para-tratar-mais-doentes
“Ninguém quer trabalhar no IPO, só se fica por vocação. Perdemos as regalias que tínhamos por trabalharmos numa unidade de cancro, como mais dias de férias e boas condições de trabalho: os horários e os turnos eram respeitados”, explica uma enfermeira. “Agora os rácios que nos dão colocam a vida dos doentes em risco. Há enfermeiros que entram e ao fim de 15 dias já estão a administrar quimioterapia.”
A enfermeira fala em desalento. “É muito triste dizer a um doente que vai começar os tratamentos mais tarde do que devia ou encarar as famílias: ‘o meu pai fazer a TAC daqui a três meses mas devia ser num mês’ ou ‘não vai começar a fazer rádio porque não há vaga’ ou ver faltar apoio psicológico porque não se consegue receber mais ninguém — serão menos de dez psicólogos para todo o IPO e só um para as crianças.”
Em 2021, o IPO precisava de 2231 profissionais, tem perto de 2070. O défice é, no entanto, mais agudo do que transparece do resultado porque atinge uns grupos profissionais mais do que outros, desde logo os enfermeiros. O fim do estado de emergência decretado durante a pandemia devolveu a mobilidade aos profissionais de saúde, e uns aproveitaram-na e outros foram dispensados [ver números]. Só o IPO-Lisboa perdeu até ao final de setembro 196 pessoas, das quais 71 enfermeiros, 80 assistentes técnicos e operacionais, 15 médicos e 17 técnicos de diagnóstico e terapêutica.
“No verão passado, o IPO-Lisboa foi autorizado a contratar cerca de 70 profissionais, e encontram-se atualmente em curso vários processos de recrutamento e seleção. Sucede que as necessidades identificadas para 2021 são superiores às autorizações concedidas e que os profissionais contratados e/ou a contratar são em número inferior aos que saíram”, explica a administração. Mas há outro senão, e talvez mais difícil de resolver.No caso de algumas profissões, nomeadamente enfermeiros, não há candidatos em número suficiente ou com as qualificações requeridas para preenchimento das vagas abertas.
IPO-de-Lisboa-sem-capacidade-para-tratar-mais-doentes
“Ninguém quer trabalhar no IPO, só se fica por vocação. Perdemos as regalias que tínhamos por trabalharmos numa unidade de cancro, como mais dias de férias e boas condições de trabalho: os horários e os turnos eram respeitados”, explica uma enfermeira. “Agora os rácios que nos dão colocam a vida dos doentes em risco. Há enfermeiros que entram e ao fim de 15 dias já estão a administrar quimioterapia.”
A enfermeira fala em desalento. “É muito triste dizer a um doente que vai começar os tratamentos mais tarde do que devia ou encarar as famílias: ‘o meu pai fazer a TAC daqui a três meses mas devia ser num mês’ ou ‘não vai começar a fazer rádio porque não há vaga’ ou ver faltar apoio psicológico porque não se consegue receber mais ninguém — serão menos de dez psicólogos para todo o IPO e só um para as crianças.”
Em 2021, o IPO precisava de 2231 profissionais, tem perto de 2070. O défice é, no entanto, mais agudo do que transparece do resultado porque atinge uns grupos profissionais mais do que outros, desde logo os enfermeiros. O fim do estado de emergência decretado durante a pandemia devolveu a mobilidade aos profissionais de saúde, e uns aproveitaram-na e outros foram dispensados [ver números]. Só o IPO-Lisboa perdeu até ao final de setembro 196 pessoas, das quais 71 enfermeiros, 80 assistentes técnicos e operacionais, 15 médicos e 17 técnicos de diagnóstico e terapêutica.
“No verão passado, o IPO-Lisboa foi autorizado a contratar cerca de 70 profissionais, e encontram-se atualmente em curso vários processos de recrutamento e seleção. Sucede que as necessidades identificadas para 2021 são superiores às autorizações concedidas e que os profissionais contratados e/ou a contratar são em número inferior aos que saíram”, explica a administração. Mas há outro senão, e talvez mais difícil de resolver.No caso de algumas profissões, nomeadamente enfermeiros, não há candidatos em número suficiente ou com as qualificações requeridas para preenchimento das vagas abertas.
Assim sendo, a administração é perentória: “A não contratação dos recursos humanos necessários compromete o aumento da capacidade instalada, resultante dos investimentos realizados nos últimos anos (ampliação e renovação do bloco operatório, unidade de transplante de medula, serviço de radioterapia, entre outros).” Fica igualmente em causa “a necessidade de construir um novo edifício para os serviços de ambulatório”.
No comments:
Post a Comment