September 06, 2021

Quando se considera o todo

 


É difícil não pensar que estamos ainda nos primórdios da civilização humana. Presos ainda num pequeno quartinho dentro de uma casa. Nesta imagem da NASA, parecemos um coração palpitante de luz, de energia.

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Uma versão condensada das palavras de Carl Sagan ao ver pela primeira vez a imagem da Terra, no espaço, citadas por Steven Chu (prémio Nobel da Física em 1997) aqui:

Olhem mais uma vez para esse ponto. É a nossa casa. Somos nós. Nesse ponto, toda a gente que conhece, todos de quem já ouvir falar, todos os seres humanos que já existiram, viveram as suas vidas num monte de poeira suspenso de um raio de sol.

O nosso planeta é uma mancha solitária em toda esta vastidão e não há nenhum indício de que teremos auxílio vindo de algum lugar para nos salvar de nós próprios. Até agora, a Terra é o único mundo conhecido a sustentar vida. Não há nenhum sítio, pelo menos nos tempos mais próximos, para onde a nossa espécie possa emigrar. Goste-se ou não, de momento a Terra é onde marcamos a nossa posição.

Não há, talvez, melhor demonstração da loucura dos conceitos humanos que esta distante imagem do nosso pequenino mundo. Para mim, sublinha a nossa responsabilidade em sermos mais gentis uns com os outros e em preservar e acarinhar este pequeno ponto azul, a única casa que alguma vez conheceremos.


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A estrutura amarela é o supercluster Laniakea, que contém cerca de 100.000 galáxias. O ponto vermelho na imagem é a Via Láctea, "a nossa casa", que contém cerca de 300 mil milhões de estrelas, incluindo o nosso Sol.


NASA

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