Os franceses têm um acordo com a Austrália há quase 50 anos e tinham um contrato multimilionário de submarinos assinado com Camberra. A Austrália distanciou-se desse contrato sem dizer água vai para se juntar aos EUA e Inglaterra. Os EUA agiram como se a França não fosse um parceiro e um aliado, mas descartável.
Aliás, houve uma altura em que os EUA e a Inglaterra não faziam uma movimentação destas sem falar com os parceiros da NATO.
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Os EUA, a Austrália e o Reino Unido anunciaram na quarta-feira um pacto histórico que permitiria a cooperação em tecnologia militar, mas que também viu a Austrália abandonar um acordo no valor de mais de 50 mil milhões de euros com o Grupo Naval francês para construir uma frota de submarinos, um movimento a que Le Drian chamou uma "facada nas costas".
Apesar de ter sido a Austrália a cancelar o contrato, a maior parte da ira francesa foi directamente dirigida para os EUA.
"A escolha americana de afastar um aliado europeu e parceiro como a França ... mostra uma falta de coerência que a França só pode constatar e lamentar", de acordo com uma declaração conjunta do Ministro da Defesa Florence Parly e Le Drian, que foi a primeira resposta oficial da França ao anúncio.
A embaixada francesa em Washington também cancelou, em protesto, uma recepção que estava a organizar na sexta-feira para assinalar o 240º aniversário da Batalha do Chesapeake, que comemora uma vitória naval francesa sobre uma frota britânica durante a Revolução Americana.
Le Drian estará em Nova Iorque na segunda-feira para participar na Assembleia Geral das Nações Unidas.
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