Uma equipa tem um ano inteiro para fazer duas provas... e nem sequer acertam nas obras obrigatórias? Isto é gritante.
Exame de Português incluiu perguntas de obras de estudo opcional
Escola Secundária de Camões diz estarem em causa duas questões da prova. Uma situação que "poderá ter funcionado como um fator de stress adicional, comprometendo o desempenho dos alunos".
Não há erro nenhum. Há um conjunto de obras obrigatórias, algumas estudadas como opção, e é claro que, nos exames, podem surgir outros textos/extratos/obras não contemplados nos programas.
ReplyDeleteÉ curioso que ninguém se aborrece com os critérios de classificação dos exames, esses sim uma verdadeira charada.
Isso é o que diz o IAVE que tem uma desculpa para tudo. Se é uma obra de opção, significa que uns a deram e outros não e que quem a deu vai estar em vantagem... o que deve fazer-se em excertos é escolher de uma obra que seja obrigatória ou de uma obra que nem sequer é do programa e não uma que já se sabe que houve alunos a trabalhar e vão ter vantagem.
ReplyDeleteOs critérios de exame são para os professores avaliadores não terem margem de manobra e para evitar as queixas dos alunos e dos pais.
Não. Se é de opção, significa que uns alunos deram uma obra e outros, outra, pelo que estão em plano de igualdade.
ReplyDeletePor outro lado, trata-se de interpretação, não de despejar teoria memorizada.
Terceiro, esta situação já aconteceu nos exames passados (por ecemplo, 'Os Maias' e 'A Ilustre Casa...'.
Sobre os critérios, são uma salada russa mais difícil de interptetar do que os próprios textos. Não se admite que haja quase 20 hipóteses de classificar uma resposta.
Isso se fazem perguntas da outra obra de opção. Se for assim, tudo bem.
ReplyDeleteOs critérios de correção são assim de propósito. Tanto que há cotações que nem podemos dar. Pelo menos no exame de filosofia é assim, no de português não sei ao certo - podemos dar 0 ou 2 mas não 3, por exemplo.
É tudo pensado em intervalos de hipóteses de resposta onde se combina o conteúdo com factores de escrita e são muitos para garantir que cobrem todas as possibilidades de resposta - o que é impossível. Corrigir exames é um massacre que ninguém imagina porque há sempre respostas que saem desses critérios e temos que encaixá-los numa das possibilidades próximas. E as discussões nos fóruns de classificadores pela madrugada dentro com essa confusão de critérios...?
Agora, torna-se muito difícil fazer recursos a notas que mudem muito o resultado, dados os critérios serem tão apertados - e essa é a intenção.
Sim, só se pode dar 2, 4, 6, 8, 10... Tenho de confessar que várias classificações que estou a dar são mais intuitivas do que outra coisa qualquer. É trágico, mas é mesmo assim.
ReplyDeleteRelativamente às discussões, limito-me a lê-las na diagonal. Qualquer tentativa de questionar o que quer que seja é logo abafada pelos supervisores. É uma ditadura.
Lembro-me há uns anos, no caso do exame do 9.°, de haver instruções para contar como certas respostas erradas. Por exemplo, o aluno tinha de identificar, num extrato, qual o episódio de Os Lusíadas a que pertencia, as personagens, uma ou outra característica, etc. Tratava-se do episódio de Inês de Castro, onde intervenham D. Pedro, D. Inês e D. Afonso IV. A ordem foi que aceitássemos como certa a identificação de o nome de um monarca qualquer: D. João, D. Afonso, o que fosse. E toda aquela gente anuiu, parte dela concordando plenamente com a "argumentação". Eu era muito novo e, confesso, que fui cobarde e não abri a boca. Fiz ainda pior: em casa, comecei por seguir a instrução, mas em determinada altura do processo senti asco por mim mesmo, corrigi de novo aquela pergunta, de acordo com a "verdade" e não com a aldrabice transmitida pelos tipos do então GAVE.
Começou aí a minha total descrença na seriedade de tudo isto.
os alunos são a sério
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