Voltei ao Hegel - Estou muito atrasada. Li o prefácio no 1º período. Interrompi em Novembro. Já estava afastada da linguagem de Hegel há uns meses e voltar a entrar não é fácil: é como deixar de mexer num programa informático que não se domina com mestria e depois voltar a ele e ter de reaprender o significado dos termos, os comandos, os links, etc. Hoje li a Introdução que são 10 páginas. Progride-se lentamente, não é como ler o Guerra e Paz. Quero dizer, eu progrido lentamente, talvez outros progridam muito mais depressa.
Ideia de hoje: como a objectividade não depende só da auto-consciência, mas também da consciência de outros sujeitos, eles mesmos auto-consciências; a percepção do objecto enquanto tal, coisa externa, necessita da inter-conectividade dos espíritos.
Isto na ciência, hoje em dia é óbvio. Ainda antes de ontem lia acerca de Higgs e de como a hipótese dele, a existência de um determinado bosão, precisou, para ser aceite como objecto externo, de umas dezenas de anos até ter o assentimento dos pares, as outras auto-consciências.
Também é interessante do ponto de vista da psicologia, embora não saiba se é legítimo fazer essa transposição. Aquilo que em psicologia chama validação, de facto, depende da inter-conectividade dos espíritos. Uma consciência auto-consciente submete-se ao tribunal dos espíritos. Submeter a sua percepção ao tribunal da razão universal, como fazem os filósofos, só valida a existência lógica, do objecto interior, portanto, não do exterior. Sim? Isto é interessante para pensar.
No comments:
Post a Comment