Estudo Inclusão ou discriminação?... quer analisar origens da segregação e desigualdades na forma como os alunos estão distribuídos pelas escolas e pelas turmas, mas também em desempenhos.
Os alunos de origem imigrante têm resultados escolares significativamente abaixo dos alunos de origem portuguesa e são segregados mesmo dentro das escolas, que não fazem tudo o que podem para o evitar, segundo o estudo Inclusão ou discriminação? Da análise dos resultados escolares às estratégias para o sucesso dos alunos com origem imigrante.
O estudo é desenvolvido pela faculdade de economia da Universidade Nova de Lisboa, a Nova SBE, e o Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da mesma universidade, a pedido da Associação EPIS — Empresários Pela Inclusão Social.
Luís Catela Nunes, professor da Nova SBE e um dos investigadores que coordena o estudo, disse em entrevista à Lusa que há diferenças claras entre alunos portugueses e alunos migrantes. “Talvez não possamos ainda chamar discriminação, mas mais segregação. O que tentamos no nosso estudo é perceber de onde vem essa segregação e essas desigualdades. E as desigualdades são a dois níveis, não só na forma como os alunos estão distribuídos pelas escolas e pelas turmas, mas também há grandes desigualdades em termos dos desempenhos”, disse.
(...)
Mas também na passagem para o ensino secundário o sistema de ensino pode fazer mais pelos alunos com maiores dificuldades, referiu o professor da Nova SBE, que aponta uma orientação para os cursos profissionais como uma via para um maior sucesso na integração no mercado de trabalho, destacando que estes já não são encarados como “uma segunda escolha” e são cada vez mais opção para alunos com percursos de sucesso.--------------------------------------
Dizer que há segregação é dizer que há intenção de discriminar negativamente as pessoas. Só por isto já devia levar com um processo em cima por calúnia.
Seguidamente, não percebe que a solução que oferece é a causa do problema. Se isto é um estudo vou ali e já venho...
Vamos lá a ver: os alunos migrantes pobres, que são aqueles a que ele se refere, os dos PALOPS e não os ricos que vêm de países desenvolvidos, têm pior desempenho que os outros, mesmo que alguns dos outros não sejam muito mais ricos; no entanto, acontece que ser imigrante, isto é, estrangeiro num país que não é o seu, acrescenta inúmeras dificuldades em termos de acesso a recursos, rede de familiares, integração na comunidade, etc., que os de origem não têm.
Não é novidade para ninguém que os alunos que não passam de ano e têm mais dificuldades e mais casos de abandonos são os mais desfavorecidos económica e socialmente. Por essa razão, a muitos deles é-lhes recomendado que ingressem em cursos profissionais em vez de tentarem a via de acesso a uma universidade, o que aliás é a solução deste senhor do 'estudo'. Só que esta solução é que causa aquilo a que ele, parvamente, chama segregação.
Quanto mais pobres e com menos recursos mais probabilidade têm os alunos de chumbarem; quanto mais chumbam mais probabilidade têm de ir parar a um curso profissional; quanto mais probabilidade de ir para a um curso profissional, mais probabilidade de ficar numa turma só de repetentes. Se este senhor do 'estudo' fosse consultar os livros de ponto das turmas via que as turmas dos profissionais têm uma grande maioria de repetentes. Às vezes são quase todos. Ora, se os migrantes representam, por estas razões o maior número de repetentes, é normal que as turmas dos cursos profissionais estejam cheias de migrantes. Ninguém os segregou.
Fique o senhor sabendo que os alunos sabem que tirar uma licenciatura, mesmo que levem tempo a arranjar trabalho, por regra, dá acesso a uma melhor vida com melhores condições e é por isso que os cursos profissionais ainda são uma segunda escolha, de quem não tem condições para tirar um curso superior. Esses alunos migrantes são, de todos, os que mais problemas têm económica e socialmente. Há excepções, felizmente, mas são excepções. Setúbal e algumas zonas de Lisboa são áreas de pobreza muito grande e é onde os migrantes vão parar quase todos.
Se os governos se tivessem preocupado em não destruir os serviços sociais, se tivessem reduzido a pobreza e as desigualdades, estes alunos, mesmo pobres, chegando a Portugal, tinham outras condições de vida e não acabavam a repetir anos. Agora, atirar para cima das escolas a pobreza endémica e a falta de serviços públicos eficientes e com recursos e, ainda por cima, acusar as escolas de segregarem imigrantes é duma enorme desonestidade.
'As escolas não fazem tudo para evitar' diz este senhor que fez esta cena a que chama, 'estudo'. O que chama fazer tudo? O que o governo não faz? Acabar com a pobreza e as desigualdades? Este senhor não viu o que se passou com as aulas à distância, em que milhares de alunos não têm internet a não ser uns dados móveis no telemóvel? Acha que esse alunos têm as mesmas oportunidades que os outros? E o que pode a escola fazer? Os professores levarem os alunos para casa?
O senhor que faz esta miséria a que chama, pomposamente, 'estudo', é um tal Luís Catela Nunes que deve ter tirado o curso com o mesmo mestre do Socas e ao domingo.
Os governantes entretêm-se a criar empregos para os amigos, enfiar dinheiro em bancos, comprar fatos para motoristas e alguns a roubar milhões e depois os professores nas escolas é que têm responsabilidade de resolver os problemas do país?
Não há pachorra. Qualquer dia culpam-nos da pandemia. As escolas deviam ter feito tudo para que não comessem morcegos na China.
No comments:
Post a Comment