March 11, 2021

Quando a situação parece melhorar, começa a piorar - à atenção do senhor Costa

 


O índice de transmissibilidade está a subir, apesar de estarmos confinados há muito tempo e sabemos agora que a variante inglesa da COVID-19 não é apenas mais contagiosa, é 64% mais mortal que o coronavírus clássico, segundo um estudo publicado esta quarta-feira (10), que confirma as primeiras estimativas de janeiro.

Percebe-se as hesitações do governo, porque a situação é muito difícil: por um lado, todo o cuidado no desconfinamento é pouco, por outro é preciso desconfinar e o equilíbrio óptimo é muito difícil. No entanto, o governo é a entidade cujo único fim é, governar. Governar é uma palavra cuja raíz significa guiar, pilotar. 

Percebe-se, cada vez mais, a importância dos governos serem compostos por pessoas que tenham carta de marear, por assim dizer e não fiquem desorientados quando são apanhados por águas turbulentas. Pessoalmente tenho muita pena que tenhamos tido certos ministros-chave desde o início da pandemia a desorientar mais que a governar porque pagámos esse preço, que foi alto, sobretudo em mortos. E ainda vamos pagar mais de várias maneiras.

Não deposito nenhuma confiança na eminência-parda que o primeiro-ministro arranjou para gastar o nosso dinheiro e vejo que os sérvulos já adejam ao redor (A Sérvulo promove na próxima semana uma conferência online que conta com a participação de António Costa e Silva, o autor do documento que serve de base ao Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030.) se é que me faço entender. Tudo isto é muito preocupante.

O primeiro-ministro tem de estar do nosso lado. 


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O Índice de Transmissibilidade -o famoso R - que mede o número de contágios a partir de um infetado - já está nos 0,9, sabendo-se que a partir do 1,0 a situação se torna perigosa. Mas, mais do que isso, o relevante é que subiu muito a partir de 26 de fevereiro, quando estava em 0,68 (gabando-se o Governo então que era o melhor valor da UE). Subiu portanto 0,22 em sensivelmente duas semanas. E o INSA (Instituto Ricardo Jorge) já disse que um aumento de 0,25 "indica o início de uma nova fase de crescimento da incidência de Sars-CoV-2".

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