February 19, 2021

Fui dar com umas frases de Machado de Assis, esse escritor poeta

 


❝ Se eu pudesse contar as lágrimas que chorei na véspera e na manhã, somaria mais que todas as vertidas desde Adão e Eva. Há nisto alguma exageração; mas é bom ser enfático, uma ou outra vez, para compensar este escrúpulo de exatidão que me aflige. Entretanto, se eu me ativer só à lembrança da sensação, não fico longe da verdade; aos quinze anos, tudo é infinito.
— Machado de Assis, no livro “Dom Casmurro”. São Paulo: Ática, 1997.

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❝ — Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.
— Machado de Assis, no livro “Memórias póstumas de Brás Cubas”. São Paulo: Ática, 1999.

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❝ Estávamos ali com o céu em nós. As mãos, unindo os nervos, faziam das duas criaturas uma só, mas uma só criatura seráfica. Os olhos continuaram a dizer coisas infinitas, as palavras de boca é que nem tentavam sair, tornavam ao coração caladas como vinham…
— Machado de Assis, no livro “Dom Casmurro”. São Paulo: Ática, 1997.

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❝ — A vida é uma ópera e uma grande ópera. O tenor e o barítono lutam pelo soprano, em presença do baixo e dos comprimários, quando não são o soprano e o contralto que lutam pelo tenor, em presença do mesmo baixo e dos mesmos comprimários. Há coros numerosos, muitos bailados, e a orquestração é excelente…
— Machado de Assis, no livro “Dom Casmurro”. São Paulo: Ática, 1997.

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❝ …a autoridade não pode abusar da lei, sem esbofetear-se a si própria.
— Machado de Assis, no livro “Quincas Borba”. São Paulo: Ática, 1998.

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❝ Para as rosas, escreveu alguém, o jardineiro é eterno.
— Machado de Assis, no livro “Quincas Borba”. São Paulo: Ática, 1998.

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❝ A ausência diminui as paixões medíocres e aumenta as grandes, como o vento apaga as velas e atiça as fogueiras.

— Machado de Assis, no livro “Contos escolhidos”. São Paulo: Martin Claret, 2010.

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❝ Um dos defeitos mais gerais, entre nós, é achar sério o que é ridículo, e ridículo o que é sério, pois o tato para acertar nestas coisas é também uma virtude do povo.
— Machado de Assis, em “Ao acaso” (1865). no livro “Obra Completa”. Rio de Janeiro: Edições W. M. Jackson,1937.



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