Fazer o que tem de ser feito

 

E ainda mais devia ser feito. Quando preciso sair desço e subo pelas escadas porque há pessoas no meu prédio que andam sem máscara, mesmo nos elevadores!! e depois ando na estrada em vez de andar no passeio porque metade das pessoas anda sem máscara e tossem e espirram. Falo com outras pessoas de outros sítios e dizem-me o mesmo. As escolas abertas e o pessoal dos partidos a cirandarem por aí entre molhos de pessoas não passam a ideia de que estamos numa situação grave. 

Além do mais, as aprendizagens escolares, ao contrário do que se diz por aí têm sido completamente anormais: os professores não se aproximam dos alunos, não há trabalhos em grupo ou trabalhos práticos ou apresentações ou sequer alunos a ir ao quadro. Em cada turma faltam alunos por estarem em isolamento profiláctico e faltam professores, de modo que os alunos têm uma aula, depois um furo, depois outra aula... os professores não conseguem marcar testes porque faltam uma data deles, sempre. Os professores fogem da sala de professores, os contactos são o mínimo possível a não ser nas escola onde insistem em obrigar as pessoas a reuniões presencias a torto e a direito. As aulas presenciais estão como o país: meio caóticas. Nada é normal e fingir uma normalidade é uma mentira. De modo que mais vale fechar tudo um mês para controlar o avanço da doença que ficarmos como a Itália e Espanha estiveram em Março e Abril.

Fecha tudo. Escolas e universidades em casa a partir de sexta-feira

Os números alarmantes, no dia em que Portugal bateu máximos de novos casos de covid (14 647) e de mortes (219), fizeram aumentar o tom dos apelos para o encerramento. Mas o principal fator a pesar na decisão do Governo foi o crescimento da circulação da variante britânica, mais agressiva para as crianças. Essa informação foi transmitida por especialistas em reunião mantida com as ministras da Saúde e da Presidência, em que o Governo procurou fundamentar, com dados epidemiológicos, a definição do rumo a seguir.