Assim de repente, engenharia, matemática, psicologia, biologia, arte... sei lá mais o quê...
As abelhas só permitem à Rainha ter bebés de modo que todos os filhos são clones e todas elas têm as patas da frente do mesmo tamanho. Então, quando constroem os alvéolos dos favos, são todos de tamanho constante. E são hexagonais porque quando os círculos se aproximam uns dos outros, transformam-se em hexágonos.
Já a engenharia desta, 'catedral', onde cada favo vai sendo construído em crescendo relativamente ao anterior, em direcção a um céu imaginário, como as notas da fuga de Bach, não sei explicar.
Vê-se que à medida que os favos vão crescendo em tamanho vão perdendo o aspecto arredondado e vão tornando-se mais pontiagudos, com uma forma de diamante. Como se passassem de emocionais a racionais: como a letra das pessoas que, quanto mais crescemos mental e racionalmente, mais se desarredonda.
Dá que pensar: a natureza tem uma forma geométrica-matemática pre-condicionada e não é apenas uma abstracção funcional humana, um modo de organizarmos o mundo e contrariarmos a entropia. Outros animais, como as abelhas, têm uma orientação genética nesse sentido.
Politicamente também é interessante: a rainha não governa. Sacrifica. Sacrifica-se. Uma espécie de queen's gambit
Nunca tinha visto uma coisa assim.
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