Este filme foi feito a partir das memórias de um indivíduo do Ohio que as escreve para dar sentido ao seu passado e ficar em paz. Filho de uma família 'white trash' como dizem os americanos, o pai inexistente, a mãe sozinha com dois filhos e a ajuda dos avós, muito inteligente e esforçada (estuda sozinha e com vários trabalhos para tirar um curso de enfermeira e pôr o filho na faculdade) mas com uma história de abuso, álcool e impulsos agressivos. O rapaz entre em Yale. O filme passa-se na semana de ir a entrevistas de trabalho em firmas importantes -ele é bom aluno- de que precisa porque está cheio de dívidas das propinas. A mãe vai parar ao hospital e ele volta a casa de urgência para ajudar e depara-se com uma situação quase impossível de resolver. E nós vamos vendo em flash-back a relação dele com a mãe, a irmã e a avó, desde a infância. Uma coisa muito complicada e contraditória. Ele adora a mãe mas vê o mal que o alcoolismo dela fez à família e si próprio. O filme é sobre fazer as pazes com o passado: aceitá-lo, com as suas contradições, abismos, luzes e demências, aceitar que parte do que somos se construiu ali. Apesar de tudo os pais e os avós tiveram vidas ainda mais difíceis que a dele tentaram melhorar a dos filhos e nós somos isso também, diz ele. As coisas são o que são. É a vida. Uma pessoa muda o que pode e quer e com o resto, cria. What else there is?
A última música do filme é Tuesday's Gone de Lynyrd Skynyrd, uma banda que já não ouvia há uns bons anos e tem uns solos de guitarra lindos..
Ó pá eu adorava essa banda!
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