October 19, 2020

Picture this





Imagine-se que os ateus formavam um grupo organizado, à maneira das religiões, para combater o obscurantismo religioso. Imagine-se que consideravam as expressões de reverência a Deus, bem como os símbolos e rituais extremamente ofensivos à sua liberdade de crença ateia e exigiam a abolição do discurso religioso, dos símbolos e, em última análise, a morte dos obscurantistas como meio de erradicar o obscurantismo. O que diríamos? Que esse grupo era constituído por fanáticos perigosos e, não passaria pela cabeça de ninguém dizer, 'é preciso não confundir o grupo com indivíduos que o constituem e devemos dar-lhes toda a liberdade e evitar falar em Deus ou usar expressões religiosas para não os ofender.'
Pois, seria loucura, mas é essa loucura que tem sido fomentada relativamente ao discurso fanático e violento da religião muçulmana.
Porque é que os muçulmanos todos de França não estão na rua a repudiar o sucedido e a exigir mudanças? Se calhar porque um grande número considera que o assassino, com o seu acto, teve entrada directa no céu. Como é que se resolve um problema que tem por base estas crenças?


« L’erreur du fanatisme religieux est de se croire propriétaire de Dieu »

Le frère dominicain Adrien Candiard, spécialiste de théologie musulmane, juge qu’il est erroné de lutter contre le fanatisme en le considérant « comme une déviance sociale ou psychologique », et non pas comme une « erreur religieuse ».

No comments:

Post a Comment