July 24, 2020

Não entendo como é que esta situação não incomoda ninguém



Que um indivíduo que se recomendou por ter trabalhado para os do petróleo e por ser, juntamente com a mulher, amigo da Rodrigues, tenha sido nomeado o decisor do futuro do país e, quanto mais o 'ouço' falar mais me preocupo: "temos um problema com a nossa administração pública: tem áreas que têm muita qualidade e outras que deixam muito a desejar." - ele diz isto baseado em quê? Tem algum estudo que mostre quais são as áreas de qualidade e porquê e quais são as outras e porquê? Ou é só um feeling e quer uma 'revolução' baseada em conversas de café?

"... é preciso fazer uma revolução na administração pública que permita que estes apoios cheguem de forma ágil à economia."?? Que quer isto dizer, 'forma ágil'? Que é a favor de não haver regras nem prestação de contas e ser tudo por ajustes directos, para que o dinheiro desapareça pelos buracos da tal administração pública substituída por filhos e primos em lugares-chave, que assegurem que os amigos beneficiem dos dinheiros públicos?

Como é que ninguém está preocupado com esta situação do primeiro-ministro chamar um amigo dos amigos do Socas para decidir de 40 mil milhões de euros que teremos todos que pagar? Isto tira-me o sono... saber que ainda hei-de pagar mais 5 ou 10 BESgates por causa de políticos incompetentes que não sabem rodear-se e escolher pessoas competentes. Que criam governos faraónicos com amigos, filhos e sobrinhos e depois ninguém esteja à altura das situações.


Costa Silva: A nossa administração pública está obsoleta

"Temos um problema com a nossa administração pública: tem áreas que têm muita qualidade e outras que deixam muito a desejar." Quem lança o alerta é António Costa Silva, consultor do governo para a recuperação económica e social no pós-pandemia, numa grande entrevista que pode ler no sábado no Dinheiro Vivo (nas bancas com o JN).

Preocupado com a forma como será aplicada a bazuca que foi aprovada nesta semana em Bruxelas - da qual cabem a Portugal cerca de 45,1 mil milhões de euros - incluindo 15,3 mil milhões em transferências a fundo perdido, no âmbito do programa para a recuperação, bem como 29,8 mil milhões em subsídios do orçamento da UE a longo prazo 2021-2027 - Costa Silva avisa que é preciso fazer uma revolução na administração pública que permita que estes apoios cheguem de forma ágil à economia.

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