April 24, 2020

Temos que inventar um novo normal



Não vai haver regresso à normalidade, pelo menos por enquanto, porque não temos tratamento eficaz nem vacina, de modo que temos que inventar novos modos de viver e funcionar económica e profissionalmente, tendo em conta esta nova realidade.
Isso significa desmassificar a vida, desacelerá-la. Podemos andar de avião, mas não ao molho, podemos ter escolas abertas mas com poucos alunos por turma, horários mais dispersos, muitas reuniões que podem fazer-se à distância, é assim que passam a fazer-se, por exemplo.
Supermercados menos amontoados com mais empregados nas caixas para escoar mais as pessoas. Número limite de pessoas nos sítios. Um dos pressupostos desta nova normalidade tem de ser a economia: os grandes grupos e menos grandes que só têm portas abertas se tiverem biliões de lucros e despedem pessoas para aumentar os milhões, se 'apenas' têm 50 milhões de lucro, têm de reconverter-se a outros modos de presença no tecido e relação social.
A ideia de que o ensino à distância é a mesma coisa que as aulas normais é um engano, assim como a ideia de irem festejar para a AR nestas condições para fingir normalidade, é outro e envia sinais errados, que aliás já estão a ver-se com as pessoas a saírem mais para rua, pensando que já estamos livres de perigo.

Dos restaurantes às praias e aos cabeleireiros. Como será o regresso à “normalidade”?

Da educação às lojas, das praias aos cabeleireiros, dos restaurantes aos hotéis. A vida vai mudar depois do fim do estado de emergência.


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