RP (república de primos): chico-espertos balofos

São, tantas vezes, cúmplices de abusos, ilegalidades, desvios, crimes e, às vezes até os cometem, mas depois não viram nada e não perceberam nada. Na pior das hipóteses uns bandidos e, na melhor, uns incompetentes com pouca cabeça. Porém, acham-se todos muito inteligentes e nomeiam-se, sem pudor, uns aos outros, para tudo quanto é cargo. Até trememos quando pensamos nesta 'grande inteligência' num cargo destes.

"Tal como já tinha dito, não descortinei ali nenhuma encenação. Para mim tratava-se de uma tática de investigação normal" e partiu do pressuposto de que "estava coordenada", com a PJ."Da leitura do documento não é visível isso. Sou das Operações Especiais, não da investigação criminal. Não consegui descortinar e não sou propriamente um indivíduo pouco inteligente", frisou.

Isto foi dito pelo general Martins Pereira que chefiava o gabinete do ministro da Defesa durante o processo de Tancos. Martins Pereira recebeu um 'memorando' que denunciava a encenação da PJM e não informou as autoridades. Diz que não percebeu o que era mas declara-se muito inteligente...

Já antes tinha dito, que não se lembra se mostrou ou não ao ex-ministro Azeredo Lopes os documentos que recebeu do diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM) sobre a recuperação do material furtado em Tancos... 

Acaba de ser nomeado pelo ministro da Defesa Nacional para comandante do Comando das Forças Terrestres, o mais importante cargo operacional do Exército.

O ex-diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM), coronel Luís Vieira, no seu requerimento desmente declarações de Martins Pereira. "Apesar de não ter sido constituído arguido, o seu papel neste processo nunca ficou claro para alguns setores militares e o nome deste tenente-general tornou-se, justa ou injustamente, tóxico", acrescentam.