November 05, 2019

Tons de azul 1



Azul - uma palavra que vem do Persa lazward, o nome do sítio do Afganistão de onde originariamente se extraía a pedra "lápis-lázuli".




Alguns tons de azul:

# azul noite (ou meia-noite) - é um azul com tons negrérrimos.
# azul marinho - é o azul do oceano atlântico em águas profundas comum em fardas da marinha inglesa.
# azul - é aquele azul forte dos dias de verão sem núvens, também chamado azul céu.
# azul ardósia - pode ser mais claro ou mais escuro mas é um azul acinzentado.
# azul baço - é aquele azul do céu nos dias murchos.
# azul claro - é aquele azul do céu nos dias muito, muito claros e brilhantes.
# azul bebé - é um azul clarinho mas sem brilho.
# azul pálido - é um azul claro desmaiado.
# azul cobalto - é um azul escuro com tons aroxeados.
# azul petróleo - é um azul esverdeado escuro.
# azul turquesa - é o azul claro da pedra turquesa.
# azul água - é o azul esverdeado quase transparente típico das águas do mar do Caribe.
# azul mediterrâneo - é a cor do mar Mediterrâneo.
# azul cristal - é um azul profundo translúcido.
# azul ciano - é um azul claro parecido ao azul água mas mais eléctrico e menos transparente.
# azul real - é um azul celeste brilhante.
# azul indigo - é um azul escuro anilado proveniente da tinta indigo proveniente da planta com o mesmo nome.
# azul pervinca - é um azul com tons de lilás típicos da flor com o mesmo nome.
# azul aço - é um azul prata típico de certas tonalidades do aço.
# azul persa - é um azul cinza médio aveludado, a cor dos gatos persa azuis.
# azul granito - é um azul com pigmentos de cinzento próprio da pedra com o mesmo nome.
# azul prussiano - é um azul escuro, o usado para tingir os uniformes prussianos.
# azul lápis-lazuli - é o azul da pedra com esse nome, muito usado no Egipto no tempo dos faraós. É um azul muito profundo com pontilhados dourados que fazem lembrar um céu estrelado.
# azul iznik - é um tom de azul cobalto mas vidrado, usado na cerâmica antiga turca de Iznik.
# azul violeta - é um azul escuro saturado de violeta, a cor das flores com esse nome.
# azul esbranquiçado - é aquele azul muito pálido que parece quase branco, típico das peónias com esse nome.
# azul cantão - é o azul típico da porcelana chinesa azul de Cantão.
# azul champanhe - é um azul claro acetinado da cor do coktail com o mesmo nome.
# azul metálico - parecido com o lápis-lazúli mas sem o pontilhado dourado.
# azul pacífico - é o azul com tom de lavanda das rosas com esse nome.
# azul eterno - é o azul intenso da rosa com esse nome.
# azul denim - é o azul da ganga, que é uma mistura de anil e branco.


A cultura tem uma influência grande na quantidade e qualidade de cores que somos capazes de ver. Até há poucos séculos pensa-se ninguém no Ocidente 'via' a cor 'azul'. Em todos os textos antigos, da Odisseia, à Bíblia, ao Alcorão, às sagas islandesas, etc. todos esses textos descrevem profusamento o céu e os mares e, no entanto, nunca utilizam o termo azul - ou essas coisas são cor-de-vinho, ou vermelhas, ou pretas ou brancas ou verdes... mas nunca azuis. Se a palavra azul não existia talvez isso signifique que não havia objecto visível correspondente para nomear. O azul é a última das cores a aparecer em todas as línguas. É uma cor rara na natureza, talvez seja por isso...

Algumas pessoas vêem mais tonalidades que outras. Os homens em geral vêm muito menos tonalidades de cores que as mulheres, provavelmente porque não desenvolveram essa capacidade por razões culturais: as raparigas, desde que nascem são inundadas de cores e incentivadas a diversificar o uso da cor em tudo, desde as roupas aos objectos de uso diário, enquanto os rapazes são desincentivados de prestar atençao às cores e geralmente limitam-se a usar meia dúzia de cores sólidas como o azul, o preto, o cinzento, o verde e pouco mais.

Um ser humano normal, sem nada que o distingua, pode perceber um milhão de cores diferentes. Conseguimos perceber tantas cores devido à nossa retina possuir células chamadas cones, de três tipos, cada uma excitada por um comprimento de onda diferente. Quando abrimos os olhos, os sinais luminosos atingem estes cones, que os transformam em sinais eletroquímicos, que por sua vez são enviados ao cérebro. O cérebro combina estes sinais para produzir a sensação que chamamos de cor.

A visão pode ser um processo complexo, mas o cálculo das cores é simples: cada cone confere a capacidade de perceber cerca de uma centena de tons, então o número total de combinações é de pelo menos 100³, ou um milhão. Se eliminarmos um tipo de cone, ou seja, passar de tricromata para dicromata, o número de combinações cai por um fator de 100, para meros 10.000. Quase todos os mamíferos, incluindo os cães e macacos do Novo Mundo, são dicromatas. A riqueza de cores que vemos é rivalizada apenas pelos pássaros e alguns insetos, capazes de perceber parte da região ultravioleta do espectro.

A partir do momento que o mecanismo da percepção das cores foi desvendado, os pesquisadores passaram a suspeitar que entre nós haviam pessoas com quatro tipos de cones diferentes, capazes de ver uma gama de cores invisível para nós. Teoricamente, um tetracromata poderia ver cem milhões de cores. E como a percepção das cores é uma experiência pessoal, eles não teriam forma de ver além do que consideramos os limites da visão.

Se conseguir ver letras no centro de algum destes círculos provavelmente é uma tetracromata. (fonte: encontrada mulher que vê 99 milhões de cores)

Tetracromatismo-posibilidad-de-ver-mas-colores4-1.jpg

Entretanto, recentemente foi produzido, por cientistas e, um pouco por acaso, um novo tom de azul, ao qual chamaram YlmNm, nome que deriva dos vários químicos que o constituem e que pode ver-se neste vídeo:



shades of blue
17554401_1254688647959700_1211701003881375826_n.jp

true indigo blocks
lapis lazuli stone



Para saber mais: Tons de azul 2

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