September 21, 2020

Começar o dia com uma ida ao ginásio

 



Alguém está de quarentena a dar baixa na garrafeira

 


Portugal Exemplar

Foi tocante ver o reforço da valorização dos professores e da escola, como já tínhamos visto com os profissionais de saúde. Foi marcante assistir à solidariedade dos pais uns com os outros, com a escolas, autarquias e agentes de saúde. Exigentes, é certo, porque queremos sempre mais. Mas serenos e confiantes, porque sabemos que temos um país que funciona, instituições que se esforçam e um povo que nos deve orgulhar.

A caminho dos 900 anos como país independente, mostramos como aqui chegamos: com união, sentido de comunidade e confiança nas nossas instituições.

Presidente da Câmara Municipal de Gaia / Área Metropolitana do Porto

Good morning

 




Photo: stevengreenbaum.photography


Uma carpete

 



Fragmento de uma carpete felpuda [pile carpet-não sei se traduzi bem], India, Mogol, ca. 1600

“Este fragmento é um dos 15 preservados de duas grandes carpetes que se presume terem pertencido ao Grão-Mogol Akbar. Cada fragmento mede c. 960 × 380 cm. Um mundo grotesco de animais e criaturas míticas devoram-se umas às outras num fundo vermelho, entre flores. O motivo não é islâmico mas pode encontrar-se na arte Mogol e tem origem na arte Hindu. Carpetes felpudas, pelo contrário, chegaram à Índia vindas do Norte com os muçulmanos. " (Source: davidmus.dk - via Lena Young)




September 20, 2020

"Above us, stars"

 

Above us, stars. Beneath us, constellations.
Five billion miles away, a galaxy dies
like a snowflake falling on water...


From Flying at Night by Ted Kooser.



Surpreendente

 



Ilustrações para o livro de Ray Bradbury's 'Fahrenheit 451' pintadas pelo artista soviético, Andrey Sokolov, em 1950.

URSS em 1950... estamos à espera de ilustrações ao modo da arte soviética, o realismo socialista de formas dogmáticas rígidas, às vezes um bocadinho brutais, robustas e campesinas e sai-nos isto: linhas dinâmicas e elegantes, introspectivas. Lindo.






Hendrick Goltzius, um artista claramente a sofrer dentro do armário. Just saying...

 




Hendrick Goltzius, Marcus Valerius and Titus Manlius, from the series "The Roman Heroes", 1586

Quem é que reforma o sistema bancário se são todos cúmplices?

 


Leaked documents involving about $2tn of transactions have revealed how some of the world's biggest banks have allowed criminals to move dirty money around the world.

They also show how Russian oligarchs have used banks to avoid sanctions that were supposed to stop them getting their money into the West.

It's the latest in a string of leaks over the past five years that have exposed secret deals, money laundering and financial crime.

What are the FinCEN files?

The FinCEN files are more than 2,500 documents, most of which were files that banks sent to the US authorities between 2000 and 2017. They raise concerns about what their clients might be doing.

What has been revealed?

  • HSBC allowed fraudsters to move millions of dollars of stolen money around the world, even after it learned from US investigators the scheme was a scam.
  • JP Morgan allowed a company to move more than $1bn through a London account without knowing who owned it. The bank later discovered the company might be owned by a mobster on the FBI's 10 Most Wanted list.
  • Evidence that one of Russian President Vladimir Putin's closest associates used Barclays Bank in London to avoid sanctions which were meant to stop him using financial services in the West. Some of the cash was used to buy works of art.
  • The UK is called a "higher risk jurisdiction" like Cyprus, according to the intelligence division of FinCEN. That's because of the number of UK registered companies that appear in the SARs. Over 3,000 UK companies are named in the FinCEN files - more than any other country.
  • The United Arab Emirates' central bank failed to act on warnings about a local firm which was helping Iran evade sanctions.
  • Deutsche Bank moved money launderers' dirty money for organised crime, terrorists and drug traffickers. More details (BuzzFeed News)
  • Standard Chartered moved cash for Arab Bank for more than a decade after clients' accounts at the Jordanian bank had been used in funding terrorism.


Use your imagination

 








Acropolis of Lindos, Rhodes island, Greece.

~ Ryan

O mastim é, acima de tudo, um tipo desinteressante

 


É um dos grandes fazedores dos extremismos no país, mas como é uma daquelas pessoas a quem Heidegger se referia quando falava nos que vivem na inautenticidade, nem sequer tem a compreensão da necessidade da decência de ficar calado. 


Carlos César diz que o próximo Presidente deve atuar "contra todos os extremismos


Se calhar as coisas não são bem assim

 


... e não estão bem explicadas, mas não cabe a mim explicar seja o que for a respeito disto.




Livros - um, zero

 


Está lido e ficou cheio de marcas...



em páginas inspiradoras que têm muito ainda para espremer. Esta, por exemplo:


O livro acaba em 1929, embora tenha um epílogo de duas páginas referente aos destino de cada um destes pensadores que tanto marcaram a filosofia do século passado: Heidegger, em 1933, fez aquele discurso infame de apologia do Fuhrer, em Freiburg; Cassirer, quatro anos depois de ter sido eleito reitor da universidade de Hamburgo foi forçado a abandonar o cargo, foi para a Suíça e acabou exilado nos EUA sem nunca mais voltar à Alemanha (Toni Cassirer, a mulher dele, 'viu' estes acontecimentos logo em 1922); Walter Benjamim, em fuga da deportação suicidou-se a centenas de metros da fronteira de Espanha; Wittgenstein foi para Inglaterra, para Cambridge. 

Um livro que vale a pena ler.


A seguir vou ler este. Estou com muita curiosidade. Mas não hoje.



Isto é tão verdade...

 


E há tanta esterilidade -passe a contradição-  nesta discussão tribal entre a filosofia analítica e a filosofia continental... infelizmente é uma guerra que chegou aos programas e manuais de filosofia das escolas, com consequência de empobrecimento formativo dos alunos. Mas isso que interessa se há a disciplina de moral, digo, de cidadania, para dizer ao povo o que pensar em vez de lhes dar as raízes do pensar e espaço para que cresçam? E a filosofia reduz-se ao instrumento.







Porque é que isto não surpreende?

 


Wittgenstein, depois de fugir lá da aldeia por causa do incidente com o aluno foi construir uma casa para a irmã: fez de arquitecto, supervisionou a sua construção e decorou-a. Não sabia disto e vim aqui à grande rede ver a casa, em Viena. Dei com isto 😁 é claro que só podia ser isto. 😁 A casa é igual ao Tratactus: blocos de linhas claras, sem ambiguidade, linguagem simples, exacta, completamente funcional, sem nenhum desperdício de forma ou material, reduzida ao adequado e necessário - grandes janelas, nenhuma obscuridade 😁



Haus Wittgenstein on the Kundmanngasse, Vienna, Austria

Um raio de luz numa manhã escura

 





Eyvind Earle (United States, 1916-2000) - Santa Ynez Memory 1998


Um problema urgente para a UE

 


A Turquia também fala em ser uma potência global e está numa política agressiva expansionista. 


September 19, 2020

Raise up

 




Trees like humans

 



O que está num nome?

 


Como parte do livro é a falar sobre a linguagem e o sentido, dois temas comuns a estes pensadores, a questão é interessante.

Parece-me que Eilenberger chamou ao livro, 'Time of The Magicians' porque compara a época destes 4 pensadores -Heidegger, Wittgenstein, Benjamim e Cassirer- à época renascentista, da qual fala muito de passagem a propósito do encontro de Cassirer com Wargurg. Tal como essa época de transição foi, de um certo modo, mágica, uma espécie de caldeirão excitante e estimulante de ideias e pessoas inovadoras, também a época destes pensadores e, eles próprios em particular o foram - pensadores inovadores relativamente à filosofia moderna. E com muitos seguidores. Só Heidegger, à sua conta, formou e influenciou, Hans-Georg Gadamer, Hannah Arendt, Karl Löwith, Gerhard Krüger, Leo Strauss, Jacob Klein, Günther Anders, Hans Jonas, Marcuse. Wittgenstein está na origem do Círculo de Viena.

Este livro permite-nos ficar com uma noção clara de como as ideias que marcaram o século XX na filosofia e na cultura se formaram e se relacionaram, logo no seu início, como evoluíram e que caminhos, ainda a ser percorridos, abriram. Talvez para especialistas neste época isso não seja nada de especial mas para mim, que sou ignorante de muitas coisas (conheço mal o pensamento de W. Benjamim e mesmo de Cassirer, de quem já li obras sobre a arte e o conhecimento, conheço mal o pensamento sobre a cultura da Filosofia das Formas Simbólicas, que nunca li) é muito interessante.

Tenho uma ideia clara das outras épocas da Filosofia: os conceitos originais, os grandes debates, as grandes questões que as marcaram e os meandros da sua evolução e influência no mundo lógico e ontológico, ao longo dos tempos, mas essa compreensão, quando chega ao século XX, tem muitas falhas, porque há pensadores que conheço mal - uma coisa é sabermos as ideias dos pensadores individualmente, outra é termos uma visão de totalidade capaz de gerar uma compreensão da época, das suas possibilidades e constrangimentos, sem a qual dificilmente se consegue 'ler' o presente e as possibilidades de futuro. E este livro ajuda nisso.

Hoje vou deixá-lo de lado. Amanhã acabo-o.


Porque é que Wittgenstein não tinha amigos?

 


Bem, quando voltou de Itália, onde esteve estacionado durante a guerra, resolveu abandonar tudo e ir para uma aldeia, atrás do sol posto, dar aulas a crianças da escola primária. Porquê? Sei lá, ele era um indivíduo atormentado, com tendências suicidas (3 dos irmãos dele suicidaram-se) e uma tempestade a acontecer permanente na sua mente. Talvez tenha pensado que encontraria paz nas coisas inocentes e simples da vida. Sendo herdeiro de uma enorme fortuna -a família dele era o que hoje chamaríamos de bilionários- resolveu dá-la todinha aos irmãos antes de se enfiar lá na aldeia a viver com grandes dificuldades financeiras.

É claro que ao fim de pouco tempo estava lá a enlouquecer sem ninguém com quem falar - os do sítios consideravam-no um génio louco ou um idiota: quem é que dá a fortuna toda para ir fazer de pastor de crianças...?. Estava tão desesperado que convidou o tradutor inglês do Tratactus para ir lá passar um tempo com ele.

O editor dele, um linguista, escreveu um livro que pretendia esclarecer os insights do Tratacus, obra que Wittgenstein se queixava de ninguém perceber, a não ser o tradutor. Enviou-lhe o livro com um grande entusiasmo. A resposta dele foi esta: 


Em termos profanos, o que ele diz é: epá, vou-te já dizer sem rodeios que nem sequer percebeste um corno do que estou a falar. 😁 Assim é difícil fazer amigos 😁