April 07, 2020

Alguém se lembra de como era o Ramalho Eanes quando era Presidente?



Fazia discursos longos e cheios de imbróglios e no fim ninguém sabia ao certo o que tinha dito e os jornais passavam três dias a interpretar? Pois este é igual, só que os discursos são mais curtos. Veio dizer que temos que ganhar em Abril o mês de Maio. O que é que isto quer dizer no que respeita às escolas e à data de 4 de Maio do Costacenteno? Não sabemos, mas calculamos. Que o Costacenteno tem intenção de nos mandar para a escola em Maio para alegrar as suas vidinhas tristes, como aquela fulana do JN que dizia que ia ficar em casa sossegadinha mas queria os professores na escola porque isto já era deprimente.
Já hoje ouvi o da associação de pais e até o Filinto que representa os directores e nem um único falou dos professores: da saúde dos alunos, dos pais, dos dos transportes, de toda a gente menos dos professores... dos professores nem uma palavra. A nossa saúde é despiciente.
Depois, quando os alunos e os professores começarem a adoecer e os professores, mais velhos, talvez até a morrer, vêm para a rua bater-nos palmas.

VoxEurop - vozes da Europa




THE EU AND THE COVID-19 CRISIS: 

Eurobonds can wait – for now

Alternatives économiques , Paris

VOXEUROP EDITORIAL: 

Europeans demand more from the EU

LUCA JAHIER ON THE COVID-19 CRISIS: 

‘The EU has to go the last mile, now’

OPEN LETTER TO THE EU AND EUROPEAN LEADERS: 

‘We need Renaissance bonds to face the health and economic crisis’

FACING THE CORONAVIRUS CRISIS: 

‘The time has come for a new European patriotism’

EUobserver.com, Brussels

EU AND THE COVID-19 CRISIS: 

Not helpless nor hopeless

The Guardian, London

CALL TO THE EU : 

‘Why we need coronabonds to help EU states face the crisis’

Die Zeit, Hamburg

GERMAN-ITALIAN APPEAL TO EU MEMBER STATES: 

European solidarity now, in the interest of all

COVID-19 AND DISINFORMATION: 

The infodemic is as virulent as the pandemic

Eurozine, Vienna

STATE OF EMERGENCY IN HUNGARY: 

Viktator

De Volkskrant, Amsterdam

STATE OF EMERGENCY IN HUNGARY: 

Viktor Orbán’s corona coup

EU AND THE COVID-19 CRISIS: 

The nation-state strikes back

Social Europe, London

Estudantes têm razão



Estudantes lançam petição por uma “Avaliação credível, justa e igual para todos”



Mais um dia com a costumeira falta de respeito pelos professores



Os salários do ME e do secretário de Estado e dos mais 70 ministros e secretários de Estado e dos seus filhos e sobrinhos que empecilham os corredoras da administração pública não têm quotas e são sempre actualizados na hora, mas os outros que se lixem, não é?

onde-param-as-listas-de-subida-ao-5-o-e-7-o-escaloes?


As listas já deviam ter saído há muito, quando o estado de emergência não era desculpa, mas não saíram.

Com o Orçamento de Estado aprovado e publicado em Diário da República já não há desculpa uma vez que já devem estar prontas.

Este mês os funcionários públicos já vão ver os aumentos reproduzidos nos seus recibos de vencimento. Mas os docentes à espera de vaga para subirem de escalão ainda não vão sentir essa subida. Qual será a desculpa para este atraso? Será que andam a pensar que em isolamento os professores não gastam dinheiro?

Seja como for, quando as listas saírem devem vir com a indicação de retroatividade, digo eu…

Coronavirus Li Wenliang - factos inquietantes



Trump tem interesses financeiros ligados à hydroxychloroquine que tanto defende. Os especialistas que aconselham Macron durante a crise têm ligações a laboratórios farmacêuticos e ganham muito dinheiro dessas firmas. 


If hydroxychloroquine becomes an accepted treatment, several pharmaceutical companies stand to profit, including shareholders and senior executives with connections to the president. Mr. Trump himself has a small personal financial interest in Sanofi, the French drugmaker that makes Plaquenil, the brand-name version of hydroxychloroquine.

NYT

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Les experts-médecins des conseils scientifiques chargés d'éclairer Emmanuel Macron pendant la crise du coronavirus ont touché 450.000 euros des firmes pharmaceutiques ces cinq dernières années. Faut-il s'inquiéter pour leur indépendance ?

Este post é para a Manuela




Bater palmas é simpático mas o que conta são as condições de vida



E segundo a OMS o mundo tem falta de 6 milhões de enfermeiros. Se calhar, em vez de baterem palmas ao pessoal de saúde, deviam dar-lhes melhores condições de trabalho e de vida.


Damn right!



Jesus Christ, Trump just can't hear a question from a woman without cutting her off and telling her to be "nicer." He's such a colossal, insecure, pathetic little misogynist. (Christian Christensen)



Diário da quarentena 24º dia - 2 minutos de boa música para começar bem o dia




A energia que irradia de um líder sólido e de prestígio e o que isso faz por um país


Se alguém tem dúvida acerca da importância de se ter políticos sérios e dedicados à res pública é só ver os jornais americanos, ingleses e alguns europeus de ontem e hoje. O discurso da rainha de Inglaterra foi o que bastou para mudar a percepção sobre o país, não apenas política mas económica, numa semana em que parecia ir afundar-se com a desorientação de Boris Johnson relativamente à pandemia e agora o internamento dele devido à doença.

A mulher apareceu e fez um discursozinho de 5 minutos. Foi o suficiente para mudar o espírito interno e externo acerca das capacidades da Inglaterra, mesmo nesta situação de ter o primeiro ministro internado. E porquê? Porque tem 60 de bons serviços à sua pátria: serviços dedicados, inteligentes e com capacidade de sacrifício pelo bem comum, coisa que falta à maioria dos seus familiares.

Precisamos de políticos que se inspirem nos melhores. Precisamos que os políticos sejam melhores. Ponham os olhos nos sacrifícios que andam a fazer os que vão todos os dias para os hospitais.
No mínimo têm que agir para estar à altura do que foi o sacrifício e abnegação dos outros.


Britain Just Got Pulled Back From the Edge


The country has reasserted its foundational stability, and in doing so made real change more likely once this is all over.


Citação deste dia



“Epidemics, like disasters, have a way of revealing underlying truths about the societies they impact.”
Anne Applebaum

Não nos podemos dar ao luxo de continuar a não ter bons políticos



Hoje gostei de ler a Mariana Mortágua (Como vão sobreviver?). Os noticiários, que já nem consigo ver por mais de 5 minutos, bombardeiam-nos massivamente com as notícias do Coronavirus Li Wenliang seguidas de discussões intermináveis sobre coisa nenhuma ou histórias de vida dos jornalistas onde choram com música operática como dizia a minha colega, mas não nos dizem nada sobre o que se passa no mundo das decisões políticas. Não sabemos se alguém anda a trabalhar para melhorar a vida política do país.

Eu, por mim, queria muito saber o que andam os deputados a fazer nesta altura. Tenho esperança que haja gente nova nos partidos que não esteja completamente agalambada aos cargos e que neste momento pense em mudanças que têm que haver no estado de coisas que nos trouxeram aqui, não à pandemia, mas aos seus efeitos que puseram a nu a estrutura precária que nos sustenta : a falta de médicos ou o excesso de médicos como tarefeiros, a faltas de enfermeiros e a precariedade do seu trabalho, bem como a falta dramática de material e de capacidade para o produzir, a precariedade económica das famílias que não têm dinheiro para um computador com internet para os filhos, num tempo em que ter um computador é como ter um par de sapatos, o preço escandaloso da internet neste país (em França paga-se 1 euro por mês, aqui 20 euros, pelo mesmo serviço), a falta de apoio à cultura, a condição precária de milares de professores que os impede de ter um computador e internet... enfim, as condições de vida precárias da maioria dos portugueses em comparação com o fausto de 70 ministros e secretários de Estado, 3 ou 4 sociedades de advogados opulentas com os dinheiros públicos, a corrupção generalizada, os desperdícios criminosos da banca, etc., etc., etc.

De modo que gostei de ler este artigo e de saber que há políticos que continuam a trabalhar e pensam nos que, neste momento, mais precisam.

Quero crer que há pessoas políticas preocupadas e dispostas a mudar este estado de coisas decadente em que estamos e gostava de saber o que pensam fazer e o que andam a fazer, de facto, porque não podemos dar-nos ao luxo, como se fossemos um país rico, de continuar a não ter bons políticos.

Obrigada, Paula Ferreira, sub-chefe do JN, por nos desejares uma morte prematura



Esta será uma semana decisiva. O Executivo reúne-se hoje com o Conselho Nacional de Educação e peritos para avaliar as condições para retomar, ou não, as aulas. Quinta-feira saberemos.

E se as perspetivas se concretizarem, António Costa anunciará o regresso à escola dos alunos de pelo menos os alunos 12.º ano, a 4 de maio, tendo em conta o acesso ao Superior. Em que condições, veremos.

Seria uma ótima notícia. Todos nós, aqueles que têm ficado em casa, a maioria dos portugueses, continuaremos comprometidos a manter o confinamento entre quatro paredes. Por todos nós. Mas o que mais se deseja agora é um sinal de esperança, capaz de mitigar esta desolação que nos cerca.


Portanto, seria uma óptima notícia abrirem as escolas porque os pais estão fartos de estar fechados com os filhos e querem que os professores os aturem. 4 de Maio é cedo, por tudo o que sabemos já do vírus e da evolução da pandemia em outros países? É. Ela sabe que os peritos de quem fala não são peritos nenhuns , a maioria são nomeados políticos e que é o Costacenteno quem quer isto à força e decide, e que os professores corriam grande risco de ficar doentes com os alunos? Sabe, mas que se lixe essa gente, ela quer é uma alegriazinha na vida dela.

The biggest virus on earth is still human behavior





ArTIVIMS

Good morning





Dürer e a inevitabilidade da morte



Nesta gravura, a morte olha para o cavaleiro, todo ele pujança, superioridade, poder e vida, realçados pela musculatura e pose confiante do cavalo e cavaleiro, esplendidamente engalanados, com uma ampulheta na mão e uma expressão de comando, na carne já corrompida a lembrar, com a coroa na cabeça, que a única rainha é ela e nenhuma glória, armadura ou castelo murado o pode defender da inevitabilidade da morte. O diabo vem logo atrás, como uma hiena à espera dos despojos da alma quando a morte voltar os seus olhos para a presa seguinte. Dürer pintou a vacuidade e fugacidade da vaidade, da soberba e do poder no grande esquema das coisas.



Albrecht Dürer (1471-1528): O cavaleiro, a morte e o diabo 1513

April 06, 2020

Blogs por aí - estou aqui a rir há uma data de tempo



Há algum tempo que não ia espreitar o blog do 31 da Armada porque a certa altura eles deixaram de escrever e é como diz o ditado, quem não se vê deixa de ser lembrado ou algo do género. Agora que devem estar fechados em casa reanimaram o blog que estava em coma. Hoje passei por lá e tenho estado a rir. Não é que concorde com as ideias deles mas o Rodrigo Moita de Deus, quando está inspirado tem muita piada e acerta na mouche com um tiro certeiro e, pelos visto, tem andado inspirado porque está imparável, um fartote de rir. É verdade que as alimárias que orientam as festas prestam-se ao gozo, mas mesmo assim, aquilo está mesmo com graça.

Livros de 1975/76 visto à distância


Esta aqui a dar uma olhadela no catálogo da Livraria Alfarrabista, Liliana Queiroz que acabou de me cair no email, quando fui dar com este livro. Curso Básico do Comunismo Científico. Isto hoje em dia faz-nos sorrir mas lembro-me muito bem que à época os comunistas e satélites insistiam à força que a eficácia do comunismo estava provada cientificamente e não aceitavam nenhum argumento contrário. À distância, este título lembra a publicidade com recurso à autoridade da ciência por parte dos fabricantes de detergentes.


...
(Ref. 19786)
Ano: 1975/76
Lisboa; Edições Avante; In-8º de 4 volumes; Brochado

Obra sob a direcção de V. G. Afanassiev.
Exemplares em bom estado de conservação.


Quem pensa que esta crise vai fazer mudar alguma coisa na cabeça dos líderes europeus desengane-se



O ministro das finanças alemão já veio dizer claramente que a única coisa que podemos fazer é endividar-nos mais, cada um por si e que ele vai impor condições que têm a ver com o que ele chama, 'condições com sentido', seja lá o que isso for, mas sabendo nós o que essa gente pensa e faz sabemos que será mais do mesmo que já tivemos, só que agora sem palavras ofensivas e sem mandarem cá os três cobradores do fraque. É tudo feito à distância de um clique.
Pior que isso é sabermos que o Centeno é cara chapada destas ideias de austeridade (à qual ele se furta) e há-se assinar de cruz a nossa próxima desgraça, com o apoio de Costa.

Ministro alemão. Países que precisem de ajuda, "desta vez, não vão ter uma troika a dizer como devem governar" 


Ministro alemão das Finanças tranquiliza países que possam precisar da ajuda financeira dos fundos europeus. Não serão impostas "condições sem sentido, como por vezes aconteceu no passado", garante.

Parecendo certo, nesta fase, que a reunião dos ministros das Finanças do Eurogrupo irá, na terça-feira, concluir que o principal instrumento a que os países poderão recorrer é o (já existente) Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) – e não a emissão de dívida conjunta, as eurobonds ou, aqui, coronabonds .


A Macrónia



De que vão falar e, com que cara, os líderes dos países que dentro da UE têm andado a roubar-se e a negar ajuda aos outros?


França devolve os 4 milhões de máscaras de empresa sueca que tinha confiscado (e que iam para Espanha)

O governo francês viu-se obrigado a devolver os 4 milhões de máscaras que tinham sido confiscadas numa empresa sueca que trabalha em Lyon. O stock de máscaras ia para Espanha (e algum para Itália).

O governo francês viu-se obrigado a devolver os quatro milhões de máscaras de proteção que tinham sido confiscadas a uma empresa sueca que trabalha em Lyon, a Molnlycke. O stock de máscaras que tinha sido confiscado seria enviado para Espanha e, também, uma parte para Itália – os dois países europeus mais afetados pela pandemia de Covid-19 – mas o material foi confiscado a 5 de março com base num decreto do Presidente Emmanuel Macron que autorizava a requisição pública de todos os materiais necessários para conter a pandemia no país.