April 30, 2021

A minha pergunta é: não acabamos por normalizar a bandidagem?

 


Essa ideia de absorver - JMT chama normalizar - as franjas contestatárias é uma ideia velha da sociologia. O problema é correr-se o risco de também normalizar os inovadores, também eles, geralmente contestatários, muitas vezes tomados como extremistas. 

Depois acabamos com sociedades como as que temos de autênticos marasmos: toda a gente aburguesada, vendida por meia pataca, partidos políticos indistintos, a não ser num líder ou noutro mais idiossincrático. Uma paz sim, mas podre. Um simulacro. 

Não se pode querer ser (e ter) o que é diferente e ao mesmo tempo ser igual a toda a gente: ou bem que queremos uma sociedade viva e real com forças contrárias que fomentam o novo ou, se não queremos pagar o preço dessa diferença, temos uma sociedade de mesmidade normalizada. JMT defende uma mesmidade normalizada. Um simulacro: vamos fingir que há aqui vida a sério mas sabemos que é tudo um fingimento.

Vários FPs acabaram pacatamente no Bloco, diz ele, mas antes disso pertenciam a um bando que assaltava bancos e matava pessoas, digo eu. JMT defende que se normalizem os bandidos. A minha pergunta é: ao normalizar os bandidos não acabamos por normalizar a bandidagem? 




Trouxeram-me jornais. Estou farta de rir

 




Uma pessoa está uma semana fora e a primeira notícia que tem da civilização é que o Isaltino construiu um obelisco freudiano


... de 600 mil euros a celebrar o laser... é a 'twilight zone'. Será que na cadeia ele e os outros presos faziam concursos de pilinhas e isto é a vingança? 

 


Hoje para celebrar o fim da emergência e antes de voltar à civilização fomos comer um senhor robalo do tamanho de um atum (éramos vários). E rematou-se com uma tarte de amêndoa e gila. Já fui assim:



... mas não hoje...


April 23, 2021

Salvar os oceanos

 


QUINTA-FEIRA, 29 DE ABRIL DE 2021 ÀS 18:00 UTC+01




You and the planet: oceans    ir para a ligação

Detalhes

Evento de The Royal Society e National Geographic UK

Online: youtube.com

Quinta-feira, 29 de abril de 2021 às 18:00 UTC+01

Preço: grátis

Público · Qualquer pessoa no Facebook ou não


There are plenty of fish in the sea, or so the saying goes. But for how much longer? With increasing overfishing, growing amounts of pollution and global temperatures rising, our ocean and its ecosystems are under great threat.
Join us as we hear from National Geographic Explorers and other experts at the helm of the fight to save our seas. And, as we enter the UN Decade of Ocean Science, explore how science and technology can help us to turn the tide and take us towards living sustainably and in harmony with the ocean. 

Attending the event

• The event will be livestreamed on the Royal Society YouTube channel on Thursday 29 April at 6pm BST

• This event is free to join and there is no registration required

• Live subtitles will be available

For all enquiries, please contact events@royalsociety.org

More information can be found on the event website: https://royalsociety.org/.../04/you-and-the-planet-oceans/

Image: Aerial view of a fishing boat on the ocean, credit: Pham Hung


Good morning

 


Pessoas que fazem diferença



Dian Fossey Gorilla Fund International

Our Ellen Campus is moving along quickly and we are proud of the impact it is already having. We reached a milestone of almost 700 employees—97% of whom are Rwandan—showing our commitment to providing jobs and training for the people who live near our new home! The Ellen Fund MASS Design Group






Two roads

 


“We stand now where two roads diverge...The road we have long been traveling is deceptively easy, a smooth superhighway on which we progress with great speed, but at its end lies disaster. The other fork of the road—the one less traveled by—offers our last, our only chance to reach a destination that assures the preservation of the earth.”⁣⁣⁣

         ― Rachel Carson (marine biologist), "Silent Spring"⁣⁣⁣

Bons conselhos do meu guarda-florestal preferido

 


Understanding

 


“The noblest pleasure is the joy of understanding.” 
         
           ― Leonardo da Vinci



Art: Codex Atlanticus folio, 309 by Leonardo da Vinci

April 22, 2021

Moonlight. Night in St Cloud

 


Como o homem (o pai de Munch) se dissolve no contexto sombrio, indistinto, não fora o luar invadir o espaço




Edvard Munch - Moonlight (1895)

Somos mais verdes que os espanhóis?

 


clique na imagem para ir ao google earth




Responsabilidades

 


“Dear future generations: Please accept our apologies. We were rolling drunk on petroleum.”

         ― Kurt Vonnegut


The Awakening of Nature

 




Picasso bug

 


Picasso Bug aka Zulu Hud Bug (Sphaerocoris annulus), native to tropical and subtropical Africa (Benin, Cameroon, Côte d'Ivoire, Ethiopia, Ghana, Kenya, Malawi, Mozambique, Namibia, Nigeria, Sierra Leone, South Africa, Tanzania, Togo, Zambia and Zimbabwe).
Photo: Eu Curto Biologia



Blue bee

 


Blue orchard bee from North America.

History Daily





Humanos do planeta

 


Peter Bence

🎹


Also visions of Earth

 












Visions of Earth VII

 



imagem da internet - do fb


Visions of Earth VI

 


FOWL
Painted Spurfowl in India by Kamlesh Mirkale



Visions Of Earth V




➤ Skógafoss is a waterfall on the Skógá River in the south of Iceland at the cliff marking the former coastline. After the coastline had receded (it is now at a distance of about 5 kilometres (3 miles) from Skógar), the former sea cliffs remained, parallel to the coast over hundreds of kilometres, creating together with some mountains a clear border between the coastal lowlands and the Highlands of Iceland.
@aventouro - 

Beautiful places in the world




Visions of Earth IV



Visions of Earth III

 


The Reptile Report
Crocodile skink photo by Geckos by Sophie. TRR is made possible by DubiaRoaches.com



Visions of the humans of Earth

 


John Lee Hooker and Bonnie Raitt
"I Didn't Know"
Oakland Coliseum Stadium
(1990)

Visions of Earth II

 


The colourful Pachyrhynchus weevil, native to Southeast Asian islands
Photo: Frank Canon (@frankcanon_image_in)




Visions of Earth

 


Aerial view of the badlands of Utah - nearest town, Cainville, Utah

Photography: Remo Daut



Foi você que pediu um autarca corrupto?

 




Happy birthday mr. Kant


Ethics in Bricks

@EthicsInBricks


A special "Kant in Bricks" thread to celebrate!




"We can judge the heart of a man by his treatment of animals." - Immanuel Kant




"Act only on that maxim through which you can at the same time will that it should become a universal law." - Immanuel Kant




"Out of the crooked timber of humanity, no straight thing was ever made." - Immanuel Kant




"Act in such a way that you always treat humanity, whether in your own person or in the person of any other, never simply as a means but always at the same time as an end." - Immanuel Kant




"Two things fill the mind with ever new and increasing admiration and awe: the starry heavens above me and the moral law within me." - Immanuel Kant





"Morality is not the doctrine of how we may make ourselves happy, but how we may make ourselves worthy of happiness." - Immanuel Kant





"Dare to know." - Immanuel Kant




"Have the courage to use your own reason. That is the motto of enlightenment.” - Immanuel Kant 

"Think, think, think, think, think!" - Aretha Franklin


 

Dia da Terra - Impossible? II

 


Mineiros no Uruguai encontraram esse geodo de ametista em forma de coração. A imagem foi divulgada pela Uruguay Minerals.





Dia da Terra - impossible?

 


“Why, sometimes I’ve believed as many as six impossible things before breakfast.” 

         – Lewis Carroll, Alice in Wonderland


Dia da Terra - um parente primata

 


... não humano: Anaka do Zoo Atlanta (EUA)

 



Dia da Terra - soluções locais para problemas globais

 


Estes dois engenheiros construíram uma casa low-tech. É uma solução local -não serviria para uma grande cidade- mas que funciona e, mais que isso, permitiu testar um conjunto de soluções para viver, reduzindo a pegada ambiental, nomeadamente a de dependência da electricidade, que podem ser desenvolvidas e aplicadas em outros locais. 


Visões da Terra - no dia em que a comemoramos

 







Peónias selvagens na Roménia
por Monique Thomas

Muitas coisas que este indivíduo diz parecem-me próprias de de um intelectual de Silicon Valley

 


[ver post anterior] Irrita um bocado que o dêem como exemplo de uma pessoa muito inteligente só porque fez muito dinheiro. Confunde-se inteligência com a habilidade de fazer dinheiro. Compreende-se as vantagens de uma tal habilidade num mundo onde esse é o principal definidor de realização e sucesso individuais e percebemos que essa habilidade tem por detrás uma inteligência para o negócio. No entanto, uma inteligência para o negócio, é só isso. Serve a pessoa e mais ninguém: não é uma inteligência da vida, não traz nenhuma visão de caminho para o ser humano, para a vida em sociedade, soluções para o planeta... A habilidade para fazer dinheiro não teria mal nenhum se não fosse o facto de, tanto ele como os outros, identificarem essa habilidade com uma sabedoria de vida e elevarem-no a guia espiritual da humanidade. 

O que ele aqui diz é que a educação universitária, enquanto saber, não vale o dinheiro que custa. Independentemente disso poder ser verdade, nos dias que correm, as palavras dele centram-se no dinheiro e não na educação. É típico de quem valoriza os títulos, não os tendo, desvalorizar os dos outros, para não se diminuir. Estou em crer que se ele tiver filhos, não aconselhará os filhos a não estudar e a irem para a internet aprender 'coisas' que é o mesmo que aprender nada. Não quer dizer que uma em cada x milhões de pessoas não nasça com um talento qualquer especial que dispense a quantidade de esforço que os outros necessitam, mas essa pessoa não servirá nunca de modelo para os outros. 

Isto que ele diz e põem na capa da Times como se fosse um grande princípio de vida, é infantil. É o que dizem os meus alunos do 10º ano quando não querem estudar, 'ah, veja lá o Cristiano Ronaldo, não estudou grande coisa e tem uma boa vida, cheio de dinheiro'. Pois, mas não é com falta de trabalho. Em primeiro lugar, para fazer o que ele fez tem que ter-se o talento natural que ele tem, mais o físico que o acompanha e depois, a capacidade de trabalho gigantesca que ele dedica a desenvolver esse talento. Elon Musk parece os meus alunos que desvalorizam aquilo que não querem ou não são capazes de fazer, apoiando-se num caso que não pode servir de regra.

Calculo que este Musk goste de ser tratado por um médico quando está doente; goste que médicos e biólogos, químicos e outros cientistas que saibam desenvolver uma vacina; goste de passar os rios por pontes e não a nado; goste que os físicos e os astrofísicos e os engenheiros saibam construir os satélites que põem no ar e os engenhos que mandam para outros planetas; goste dos matemáticos que tornam isso possível; goste da arte que tem em casa; goste de ter bons livros para ler, etc. Não me parece que todas essas realizações e muitas outras possam ser aprendidas indo à internet ver umas 'coisas'.

Em suma, irrita-me um bocado que dêem uma atenção desmesurada a um indivíduo, só porque tem muito dinheiro como se isso fosse um um guia para se ser sábio ou inteligente em outras áreas que não seja a de fazer negócio. Irrita-me sobretudo porque sei que quando põem as pessoas neste píncaros, os miúdos comem isto tudo como verdades eternas.




Quotes

 


How to become an intellectual in Silicon Valley: "Write like you talk, and talk like an asshole”..

          ~Aaron Timms

Também tenho este aroma no arquivo 'A' da memória

 


Chuva na Floresta de Carvalhos' de Ivan Shishkin


Kind of...

 




April 21, 2021

Plimpton 322

 



The 3,700-year-old Babylonian tablet Plimpton 322 at the Rare Book and Manuscript Library at Columbia University in New York. (Photo: UNSW/Andrew Kelly)


Investigadores quebram código matemático de 3.700 anos de idade da Tábua Babilónica
Por Jessica Stewart 

O código foi decifrado, em 2017, numa placa de argila com 3.700 anos desenterrada no sul do Iraque há quase um século. Foi Edgar J. Banks, a inspiração por trás de Indiana Jones, que descobriu a antiga tábua babilónica chamada Plimpton 322. Acabou por vendê-la ao editor e coleccionador George Plimpton por 10 dólares, e foi mais tarde legada por Plimpton à Universidade de Columbia na década de 1930. Só agora é que o seu pleno significado, e importância para a matemática, está a vir à luz.

Graças ao trabalho do Dr. Mansfield e do Professor Norman Wildberger, ambos da Universidade de Nova Gales do Sul, vimos que foram os antigos babilónios que descobriram a trigonometria, não os gregos, como é comummente aceite. Os investigadores argumentam que as 4 colunas e 15 filas de números cuneiformes fazem parte de uma tabela trigonométrica altamente precisa, e não de uma ajuda do professor para verificar soluções estudantis para problemas matemáticos - a explicação anteriormente aceite.

"A nossa investigação revela que Plimpton 322 descreve as formas dos triângulos rectângulos rectos utilizando um novo tipo de trigonometria baseada em proporções, não em ângulos e círculos. É um trabalho matemático fascinante que demonstra uma genialidade inquestionável", revelam os investigadores numa declaração da UNSW.

A trigonometria, que envolve o estudo das relações entre os comprimentos e os ângulos dos triângulos, pensava-se ter sido inventada na Grécia antiga. O astrónomo grego Hipparchus, que vive por volta de 120 AC, é considerado o pai do campo. No entanto, o Plimpton 322 é anterior ao seu trabalho em mais de 1.000 anos.

A descoberta é importante, uma vez que a maioria das placas babilónicas nunca foram estudadas com pormenor. "Abre novas possibilidades não só para a investigação matemática moderna, mas também para a educação matemática", diz o Dr. Wildberger. "Com Plimpton 322 vemos uma trigonometria mais simples, mais precisa e com vantagens claras sobre a nossa". Ao mergulhar na história da matemática, abrimos caminhos para compreender como funcionavam as sociedades antigas. A tábua, por exemplo, poderia ter sido utilizada para levantamento de campos ou em construções arquitectónicas de palácios ou pirâmides de degraus.


Quotes I love

 


“Being Irish, he had an abiding sense of tragedy, which sustained him through temporary periods of joy.”

― W.B. Yeats

Tristes podiums

 


O número global de penas de morte de 2020 foi o mais baixo da última década, mas alguns países continuam a executar e até aumentaram as execuções: p.dw.com/p/3sIlM

No meio de uma data de países muçulmanos e da China, que segue os outros na falta de respeito pelos direitos humanos, estão os EUA, o 'farol do mundo livre'...




Dicionário da autenticidade

 



Infográfico de hoje - géneros e sub-géneros musicais

 




Uma fatia de prosa literária

 


Hoje, a mexer nuns livros, fui dar com o "Por Quem os Sinos Dobram", de Hemingway. Abri-o ao calhas -caiu no capítulo XIX- e fui dar com o nome do personagem principal, Robert Jordan. Já não lembrava que tinha este nome. Robert Jordan é o pseudónimo do autor, muito famoso, da saga de literatura fantástica, Wheel of Time. Não pode ser coincidência... ... enfim, resolvi ler o capítulo em vez de escrever. Para variar e porque me deu muito prazer ler Hemingway, cuja escrita é tão viva que absorve.






Também estou de acordo com este artigo sobre a hipocrisia da regionalização

 


Tínhamos o país dividido em distritos, mais ou menos naturais, que eram em si regiões administrativas. Estavam bem definidas, estavam interiorizadas pela população, tinham um governador que as defendia, muito mais que os actuais deputados que não servem para nada, pois é igual a um deputado ser nomeado por Portimão ou Aveiro. É um mero processo burocrático para chegarem à AR e não representam minimamente as populações por onde foram eleitos, nem as defendem.

Quiseram, não ajustar ou melhorar os distritos, o que é normal, o país evoluiu (eu disse isto do país evoluir?? Enfim...), mas fazer uma grande regionalização. Mera propaganda, pois logo de seguida desataram a matar todos os serviços que mantinham vivas as comunidades do interior, com uma única excepção que foram os politécnicos e universidades interiores; mas como fecharam os serviços: hospitais, escolas, tribunais, centros de saúde, correios, bancos, etc., os politécnicos e universidades interiores servem para as pessoas fazerem lá os cursos e fugirem a correr para o litoral ou para o estrangeiro.

Agora temos zero: nem regionalização, nem distritos, nem representação, nem administração distrital, nem vida no interior. Só monoculturas em certas zonas. Se os espanhóis quiserem muito, ocupam as terras fronteiriças e fazem delas novas Olivenças. Enquanto isso, o litoral rebenta palas costuras e importamos o que era produzido no interior. Perde-se a cultura, o enraizamento da população, a riqueza da nossa identidade plural. Ganhos? Zero.