June 30, 2020

Uma livraria onde nos queremos demorar



Albertine Bookstore, NYC. - by Lena Young

Os maus exemplos vieram de cima



Exemplos de desprezar cautelas e evitar reuniões onde as coisas se podem fazer à distância, para já não falar de apoiar manifestações de dezenas de milhar, etc.

------------------------------
Covid-19. Vaga de jovens infetados em esplanadas e praias chega ao internamento de Santa Maria

Contágio. Internamento do Hospital de Santa Maria recebe doentes mais novos e de gravidade elevada. Efeito do desconfinamento-cool 

Uma população mais nova que preocupa os médicos que veem chegar aos hospitais doentes com idades mais baixas e, nem por isso, com manifestações menos graves de covid-19.
Esta sexta-feira, 34% dos doentes tinham menos de 35 anos.

“Estes jovens associaram a ideia de desconfinamento a que já estava tudo bem e era possível relaxar nos cuidados. Os que nos estão a chegar não se contaminaram em grandes festas; foram infetados no dia a dia. Parecem achar que a doença só é transmitida por quem tem sintomas, o que está profundamente errado. Estou muito preocupada com a abertura dos centros comerciais, cafés e com o fim das aulas”, explica Sandra Braz, coordenadora da Unidade de Internamento de Contingência de Infeção Viral Emergente. Sandra é a responsável pelas enfermarias onde são internados os doentes com covid-19 no maior hospital do país. Um trabalho difícil que partilha com Fábio Cota Medeiros, infecciologista, e envolve outros 50 médicos, além dos enfermeiros e auxiliares. “Só é possível lidar com esta situação em equipa”, sublinha.

Sou só eu que acho disparatado dizer estas coisas?



Qual é o objectivo e vantagem de dizer estas frases bombásticas em vez de vir com soluções e ser positivo?

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde afirmou hoje que “o pior ainda está por vir” em relação à covid-19, apontando a politização da pandemia como um fator de divisão aproveitado por um vírus “rápido e assassino”.

Uma educação académica de qualidade faz muita diferença



... na capacidade de ajuizar as situações.

Why incompetent people think they are amazing




June 29, 2020

COVID-19 - uma doença de ricos



By Associated Press

The maker of a drug shown to shorten recovery time for severely ill COVID-19 patients says it will charge $2,340 for a typical treatment course for people covered by government health programs in the United States and other developed countries.

Gilead Sciences announced the price Monday for remdesivir, and said the price would be $3,120 for patients with private insurance. The amount that patients pay out of pocket depends on insurance, income and other factors.


Um petauro-do-açúcar



... voador, parou numa planta para descansar e dormir um bocadinho.


Fading




Hiroshi Sugimoto via Stephen Ellcock - mar do Japão

Um eclipse solar




Jon Carmichael 2017

O primeiro-ministro pensa que os antibióticos combatem os vírus



A minha pergunta é: foi a ministra da saúde quem lhe disse isto?


There is no economy on a dead planet.


June 28, 2020

"No silêncio da noite, quando tudo é nada"



Summer Reverie - John Russell


Álvaro de Campos

Que somos nós? Navios que passam um pelo outro na noite,

Que somos nós? Navios que passam um pelo outro na noite,
Cada um a vida das linhas das vigias iluminadas
E cada um sabendo do outro só que há vida lá dentro e mais nada.
Navios que se afastam ponteados de luz na treva,
Cada um indeciso diminuindo para cada lado do negro
Tudo mais é a noite calada e o frio que sobe do mar.

---------------------

June 27, 2020

Faróis



Porque gostamos de cenas costeiras com faróis? Porque são uma alegoria óbvia: uma luz de orientação no meio das tempestades em que nos desorientamos. Mostram um caminho e ao mesmo tempo uma salvação - como evitar embater nas rochas e baixios e naufragar, como passar a rebentação turbulenta e alcançar terra firme.
Os filósofos são faróis do pensamento, a arte é o farol das emoções.



Robert Henri (1865 - 1929) 
Pequot Light House, Connecticut Coast, 1902.

Humans being beings



Dançarinos contemporâneos do Sadler’s Wells Theater, em Londres, dançam uma espécie de jogo de rato e de gato com roupas, chamado, Mine. Filmados por Luke White and Remi Weekes, realizadores de Tell No One. Os dançarinos vão sendo vestidos por roupas que não distinguem o feminino do masculino e dado que estão em roupa interior de tom neutro, toda a roupa que lhes cai em cima veste-os de emoção. A coreografia de Paolo Mangiola interpreta o desejo impulsivo das compras.


Questions




imusic - personal playlist



imusic boost focus, relaxation and neuron activity - para quem quer saber mais sobre este tipo de música veja aqui - a empresa que fazia estas músicas já não existe mas eu comprei várias, na altura. Houve um tempo em que as ouvia muito (são uma meia dúzia, cada uma com a sua função específica) - estas três em particular, mas as duas primeiras obsessivamente- a caminho da escola e depois partilhava-as com os alunos que queriam - descarregavam para os iPods e ouviam enquanto faziam trabalhos de grupo ou pequenas tarefas. Já nem me lembrava delas. Fui descobri-las num ficheiro. Vamos ver se ainda resultam.







Meaning




Diário de bordo



Hoje é dia de trabalho e não me apetece. Tenho que deixar tudo o que diz respeito às DTs feito e acabado porque os próximos dias são para médicos e as reuniões são no dia a seguir. Não me apetece, nem trabalhar nem estar fechada em casa. Quando as pessoas que nos deviam motivar e tranquilizar são as que nos deixam deprimidas, cheias de dúvidas e sem saber o que fazer, o pior é ficar-se fechado a pensar. Hoje nem a música anima.





John Singer Sargent, (American, 1856-1925)

What do you call a group of millennials?



A group of ants is called a colony.

A group of aunts is called a book club.

A group of sparrows is called a host.

A group of men named James is called late-night hosts.

A group of millennials who look different is called a marketing campaign.

A group of millennials who look the same is called a brunch.

A group of millennials who have laptops is called a co-working space.

A group of gorillas is called a troop.

A group of white men is called an improv troupe.

A group of buzzards is called a wake.

A group of liberals calls itself woke.

A group of geese is called a gaggle.

A group of crows is called a murder.

An informal gathering of members of the media by the White House press secretary used to be called a press gaggle. It is now called a press murder.

A group of murders is called a “Game of Thrones” finale.

A group of donkeys is called a drove.

A group of scenes featuring Ryan Gosling behind the wheel of a car is called “Drive.”

A group of whales is called a pod.

A group of fish is called so gross why are all these fish here?

An angry group of pedestrians is called New York.

An angry group of traffic is called Los Angeles.

An angry group of states you can’t name is called the Midwest.

A gathering of cows is called a herd.

A gathering of random strangers is called Hell.

A cancelled gathering is called sweet, sweet relief.


Mia Mercado (A Compiled List of Collective Nouns) - The New Yorker

"Nature is the source of all true knowledge." – Leonardo da Vinci






Jane Czerkas





Nassim Haramein

A Garden of Delights





Jardim do mosteiros de São Lourenço de Trasouto em Santiago de Compostela

Soluções



Foi criado um novo hotel para abelhas em Lisboa, Capital Verde Europeia 2020, desta vez no Pavilhão do Conhecimento. 

Estes abrigos, feitos de madeira, tijolo, canas e cortiça, são verdadeiros hotéis para insetos polinizadores como as abelhas-cortafolhas ou as abelhas-pedreiras.
theuniplanet


"The night is come, but not too soon"



NASA


The night is come, but not too soon;
And sinking silently,
All silently, the little moon
Drops down behind the sky.

There is no light in earth or heaven
But the cold light of stars;
And the first watch of night is given
To the red planet Mars.

Is it the tender star of love?
The star of love and dreams?
O no! from that blue tent above,
A hero’s armor gleams …

Henry Wadsworth Longfellow, ‘The Light of Stars’.


June 26, 2020

Nocturna II - Delibes - Lakmé - Viens, Mallika, les lianes en fleurs...









Nocturna - Glinka/Balakirev - The Lark (Kissin)













Se alguém me quiser dar um presente de anos...



Agora que vi isto preciso imenso disto 😀

Sobre padrões de qualidade no ensino



Um dos livros que vieram cá parar abaixo, no dia em que caí do escadote foi o livro da 3ª classe, antiga. Depois descobri que tenho o da 2ª e da 1ª. Só não tenho o da 4ª classe ou se tenho está noutro sítio qualquer.
Pus-me a ver o livro da 3ª classe. Tem 200 e tal páginas, com algumas ilustrações, sobretudo nas páginas de aritmética, mas poucas, é quase tudo texto.






 Fui dar com este poema de Pedro Dinis. É um poema sobre as vozes dos animais. Um miúdo na 3ª classe tem mais ou menos 7 ou 8 anos. Hoje-em-dia seria impensável dar um texto destes a uma criança dessa idade. A complexidade da linguagem e a quantidade de informação compactada  em cada quadra não seriam acessíveis a alunos desse ano de escolaridade. Aliás a página que explica as fracções, que nestes tempos que correm só se aprendem no 5º ou 6º ano (penso), nem um aluno do 7º ou 8º ano a entenderia sozinho.

É um facto que hoje-em-dia os alunos sabem muito mais do que nós sabíamos na idade deles: sabem mais da vida e das ciências. Qualquer site de astronomia tem informações acessíveis que há 50 anos só na faculdade se aprendiam. Entram na internet e vêem pessoas, acontecimentos, lugares do mundo, usos e costumes que os nossos antepassados nem numa vida inteira vislumbravam.

Em contrapartida, como são ensinados com conteúdos sempre e cada vez mais infantilizados, com poucos conceitos e muitas imagens simplistas, têm pouca concentração, pouca imaginação (as imagens, que são redutoras, são-lhes todas dadas, depois de processadas e manipuladas), uma grande pobreza de vocabulário e, como consequência, um pensamento superficial e sem instrumentos conceptuais para escavar ou construir.

Nós tínhamos poucas imagens processadas e não tínhamos acesso à internet. Para sabermos tínhamos que ler, ler e ler. Ler é um processo biológico (move-se os olhos, faz-se recurso à memória declarativa, estabelece-se ligação entre áreas corticais diferentes - de abstracção e de emoção), psicológico (as palavras são evocativas e apelam à memória episódica, à experiência de vida), filosófico (a leitura, não meramente técnica, apela à reflexão, à introspecção) e estético (a leitura é um grande motor da imaginação e do gosto). Portanto, ler é um grande, senão o maior motor do desenvolvimento formativo do ser humano na sua totalidade.

Quando me perguntam se os alunos estão cada vez pior, tenho que responder que não. Em termos de interesse, empenho, responsabilidade, não vejo diferenças -  há de tudo, como sempre houve. São em geral mais responsáveis no que respeita às questões ambientais, ao respeito por orientações sexuais diferentes, pelos outros animais. Dantes tinham outras causas, agora têm estas.
Onde noto uma grande diferença de ano para ano, é na linguagem - na capacidade de ler um texto e conhecer 10% das palavras, na capacidade de compreender uma frase com mais de duas linhas e de construção complexa, na capacidade de ler o texto por detrás do texto e na capacidade de se concentrarem por largos períodos de tempo.

Este fenómeno tão catastrófico do desenvolvimento é reversível, mas não temos políticos educados o suficiente para compreender as consequências desta decadência progressiva. Se calhar alguns até acham que isso é bom em termos elitistas (da mesma maneira que os países do Norte acham bem ter aqui uns atrasados no Sul a fornecer mão-de-obra barata) mas a mim parece-me o contrário, por razões que hei-de dizer em outro post.

(um aparte - Platão não gostava de imagens. No âmbito da sua Teoria das Ideias, as imagens eram degradações, cópias, aparências, obstáculos no acesso à verdade.)

texto sobre fracções do livro da 3ª classe




Coisas que me preocupam muito - ver o ME não se preocupar ao ponto de dar passos para resolver os problemas



Estamos a dois meses e meio de começar o próximo ano lectivo e, nem o governo, nem o ME dão passos para organizar o próximo ano de maneira que ele possa ser presencial: isto implica reduzir as turmas de 30 alunos para metade, desencontrar horários, desmaterializar o trabalho burocrático e mais  mil e uma coisas. Por exemplo, vai ser preciso reforço de aprendizagens para muitos alunos. Por exemplo, as reuniões de pais terão de ser em pequenos grupos de uma dúzia e não mais e terão de haver outros canais de comunicação que não obriguem os professores a ficar nas escolas horas, todos juntos, à espera que apareça um encarregado de educação. Eu e muitas pessoas como eu que pertencem a grupos de risco, estamos dependentes de saber como as coisas vão ser organizadas para saber se podemos voltar à escola, fisicamente, quero eu dizer. Não posso ir para lá 4, 5 ou mais horas de enfiada, em salas cheias de gente, seja a de aulas, seja a de DT ou a de professores... a ter de usar o frigorífico, a casa-de-banho... por exemplo, seria possível ir lá nas pontas do horário. Entrava, ia direita à sala de aula, dava as aulas e vinha-me embora, sem ter que passar por aglomerados de pessoas... ou outra solução qualquer... por exemplo, este ano, vou à escola (daqui a três semanas) num dia em que haja um daqueles exames que só tem meia dúzia de alunos, de maneira que a escola esteja vazia, para acabar de tratar de assuntos burocráticos das DT... por exemplo, se este ano me chamarem para ver exames nacionais, o que é o mais certo, vou ter que ligar para o Agrupamento de Exames e combinar ir levantar os exames a uma hora que estejam lá poucas, ou nenhuma pessoa. Para entregá-los a mesma coisa.
Não vejo o ME minimamente preocupado com a questão de assegurar que há condições de trabalho.
Ontem uma colega disse-me que para o ano que vem não está a pensar ir à escola. É uma pessoa com problemas de saúde complicados e disse-me que acha que não vai haver nenhuma mudança que permita ir com alguma confiança à escola.
Os deputados já se recusaram a reduzir o número de alunos por turma. Isso para mim é um indicador óbvio de uma de duas situações: ou não têm noção da gravidade da questão (talvez façam parte do gang das festas algarvias) ou estão-se nas tintas para a vida dos outros.
Soubemos que a reunião do sindicato com o ME deu em nada: uns elogios aos professores e palmadinhas nas costas. Mais nada.
Hoje foi o último dia de aulas. Nas turmas os alunos estão preocupados com o próximo ano lectivo.

Wondering





Max Parrish

Determinismo-indeterminismo IV



Indeterminacy in Brain and Behavior

Paul W. Glimcher
Annual Review of Psychology
(tradução minha)

(continuação)

A Teoria dos Jogos desenvolvida por John VonNeumann, Oskar Morgenstern and John Nash aborda essa limitação da teoria clássica da utilidade, supondo que os dois jogadores estão cientes de que enfrentam um oponente inteligente que pode antecipar as suas ações e que ambos irão moldar o seu comportamento de maneira a minimizar perdas e maximizar ganhos. Para conseguir isso, os jogadores devem levar em consideração os possíveis ganhos associados a cada escolha, conforme especificado pela teoria clássica da utilidade, mas também devem considerar como as acções do seu oponente influenciarão esses ganhos. Considere-se novamente a situação no jogo, pedra-papel-tesoura. Ganhar com papel gera o dobro do dinheiro que ganhar com pedra ou tesoura, mas jogar deterministicamente o papel leva à derrota certa. O que VonNeumann & Morgenstern mostrou foi que, nessas condições, podemos prever que um jogador racional calcule o risco em relação ao ganho e jogue papel em dois terços do tempo, tesoura 1/6 do tempo e pedra 1/6 do tempo. Porém, criticamente, ele deve evitar fazer as suas selecções de dois terços, um sexto e um sexto de maneira determinada; por exemplo, numa versão repetida do jogo, jogando papel, depois tesoura, depois papel, depois pedra, depois papel e depois papel. Se o seu oponente adivinhasse a natureza determinada de tal estratégia (por meio da observação, por exemplo), a vitória seria novamente trivial para esse oponente. Ele teria apenas que jogar tesoura, depois pedra, tesoura, papel e tesoura para garantir uma vitória consistente. A única maneira de evitar essa armadilha é o jogador incorporar indeterminação aparente, diretamente no seu comportamento. Em suma, ele deve jogar uma moeda ponderada em cada rodada para escolher entre pedra, papel e tesoura. VonNeumann e Morgenstern estavam bem cientes das implicações dessa observação. Sugeriu que, sob algumas condições, o estudo da escolha económica teria que se tornar um processo probabilístico. Como eles dizem:

Considere agora um participante de uma economia de troca social. O seu problema tem, é claro, muitos elementos em comum com um problema máximo. [Um problema no qual um único actor económico procura maximizar o seu ganho por processos classicamente determinísticos.] Mas também contém alguns elementos de natureza totalmente diferente. Ele também tenta obter um resultado óptimo. Mas, para o conseguir isso, deve entrar em relações de troca com os outros. Se duas ou mais pessoas trocam bens entre si, então os resultados para cada um dependerão, em geral, não apenas das suas próprias acções, mas também das dos outros. Assim, cada participante tenta maximizar uma função (o seu “resultado” acima mencionado)) da qual ele não controla todas as variáveis. Certamente este não é um problema de maximização, mas uma mistura peculiar e desconcertante de vários problemas máximos conflituantes. Todo o participante é guiado por outro princípio e nem sequer determina todas as variáveis ​​que afectam o seu interesse.
Este tipo de problema não é tratado em nenhum lugar na matemática clássica…. Esperamos que o leitor seja convencido pelo exposto acima de que ele enfrenta uma dificuldade realmente conceptual - e não apenas técnica. A teoria dos "jogos de estratégia" é planeada, principalmente, para enfrentar esse problema. (VonNeumann e Morgenstern, 1944)

O insight crítico de VonNeumann & Morgenstern foi ver que, em condições desse tipo, os seleccionadores podem não ser capazes de identificar um único curso de acção que seja deterministicamente ideal. Em vez disso, eles podem ser forçados a seleccionar um curso de acção da maneira mais aleatória possível. É essa estratégia de selecção aleatória, agora conhecida como estratégia mista, que distingue a abordagem de VonNeumann & Morgenstern das abordagens determinísticas mais clássicas para o estudo do comportamento. Em suma, VonNeumann & Morgenstern argumentou que o comportamento humano, sob algumas condições, deve parecer indeterminado para ser eficiente. [itálico meu - isto é interessante] Eles enfatizaram esse ponto quando descreveram, na forma teórica do jogo, um conflito entre Sherlock Holmes e seu arqui-inimigo, o Professor Moriarity:


Sherlock Holmes deseja seguir de Londres para Dover e, consequentemente, para o continente, a fim de escapar ao professor Moriarity, que o persegue. Tendo embarcado no comboio, à medida que este se afasta, ele observa a aparência do professor Moriarity na plataforma. Sherlock Holmes toma como garantido - e assume-se que ele está totalmente justificado - que o seu adversário, que o viu, possa conseguir um comboio especial e ultrapassá-lo. Sherlock Holmes depara-se com a alternativa de ir a Dover ou sair em Canterbury, a única estação intermédia. O seu adversário - cuja inteligência é considerada adequada para visualizar essas possibilidades - tem a mesma escolha. Ambos os oponentes devem escolher o local de seu desembarque, ignorando a decisão correspondente do outro. Se, como resultado dessas medidas, eles se encontrarem na mesma plataforma, Sherlock Holmes pode, com certeza, esperar ser morto pelo Moriarity. Se Holmes chegar a Dover ileso, poderá escapar.
Quais são as boas estratégias, especialmente para Sherlock Holmes? [Define o valor] como Professor Moriarity [de] apanhar Sherlock Holmes [em], digamos 100. [Como alternativa, considere o que acontece se] Sherlock Holmes escapou com sucesso para Dover, enquanto Moriarity parou em Canterbury. Essa é a derrota de Moriarity no que diz respeito à presente acção e deve ser descrita por um grande valor negativo do elemento da matriz [para o Moriarity] - na ordem de magnitude, mas menor que o valor positivo mencionado acima - por exemplo, -50. [Finalmente, considere o que acontece se] Sherlock Holmes escapa de Moriarity na estação intermediária, mas falha em chegar ao Continente. É melhor visualizado como um empate e atribuído ao elemento 0 da matriz.

[A partir de uma análise matemática desses valores, pode-se concluir que] as boas estratégias (e para Moriarity, n para Sherlock Holmes) [são]:
Assim, o Moriarity deve ir para Dover com uma probabilidade de 60%, enquanto Sherlock Holmes deve parar na estação intermediária com uma probabilidade de 60%, ficando os 40% restantes em cada caso para a outra alternativa.

Obviamente, essa formulação teórica levanta questões críticas sobre a natureza científica da teoria dos jogos. Se a teoria dos jogos predisser que Holmes sairá do comboio em Canterbury com uma probabilidade de 60%, qualquer acção que Holmes execute é compatível com a teoria. VonNeumann & Morgenstern reconheceu isso, mas insistiu que essa era a única estratégia racional a ser adoptada por Holmes. Eles argumentaram que Holmes deve ser o mais indeterminado possível na escolha de um curso de acção. Em suma, ele deve parecer ter jogado uma moeda ponderada (ponderada em 60% para Canterbury e 40% para Dover) para maximizar sua chance de sobrevivência. Isso era verdade, sugeriu VonNeumann & Morgenstern, independentemente de a teoria dos jogos preservar a falsificabilidade popperiana.

[hã? tenho que ler outra vez aquele pedaço das 'boas estratégias']


Hoje comemoram-se os 75 anos da Carta das Nações Unidas




Respondi ao inquérito que aparece no fim da mensagem. A última pergunta que fazem é: o que poderia o Secretário Geral fazer para lidar com os problemas de que fala o inquérito (desigualdade, acesso à saúde e educação, ambiente, conflitos, etc.) A minha proposta (que não dá para escrever ali como deve ser) é reescrever a Carta no sentido de a completar e distribuir tarefas, rotativamente, pelos países/nações de maneira a responsabilizá-los pelos princípios e objectivos que assinam na Carta. Isto tem outras possibilidades, até ao nível dos governos, que podiam ser incentivadas pela Organização. Enfim, há muita coisa que podia fazer-se e não percebo porque não as fazem.
UN Foundation Logo
On this day, 75 years ago, diplomats from 50 countries signed the United Nations Charter in San Francisco, California. The Charter enshrined the equality and dignity of all humans at the heart of the UN. 

Since then, the UN has worked to drive global progress and tackle urgent problems on all fronts --  from health and development, to human rights and equality, to peace and security. 

Today’s historic anniversary provides an opportunity to reflect on how far we’ve come, take stock of where we are, and recommit to the important work that lies ahead to make sure we realize the values enshrined in the Charter.

UN75 Survey
The UN is marking its 75th anniversary at a time of great challenge. It wants to hear from you to inform global priorities now, and moving forward. Your views can make a difference.

Costa chama mentirosos aos ministros




"É mentira": Costa irrita-se com ministra da Saúde durante reunião com epidemiologistas e MarceloPresidente da República terá ficado incrédulo com episódio protagonizado entre primeiro-ministro e Marta Temido.

Este episódio é muito revelador da situação no governo. Costa já não tem mais truques de manga, já esgotou as conferências triunfantes, os espectáculos de reunir as mais altas figuras do Estado para parir um rato, não sabe porque é que o triunfo da gestão da pandemia está a escorregar, não sabe o que fazer com um Verão sem turistas e começa a dizer em voz alta o que pensa dos ministros que escolhe, não por serem competentes, longe disso, mas para serem mocinhos de recados, neste caso, mocinha. O Presidente da República espanta-se porque ainda não percebeu que é apoiado por ser também um faz-tudo-ao-meu-modo.


Entretanto a ministra da saúde é mal educada com a presidente da DGS
Um dos momentos que está a dar mais que falar é aquele em que a ministra responde de uma forma caricata [num programa de TV]sobre a possibilidade de ir de férias com Graça Freitas. "Ui, credo! Não, não, não, não, obrigada", respondeu Marta Temido arrancando gargalhadas da plateia.
Estamos nas mãos destes pessoas que nem entre elas se respeitam.

Descortiçar









Herdade da Quinta de Sousa.⁠

A curva da estrada





June 25, 2020

Já está. Nós somos os palhaços que pagamos este circo



Em atualização Governo formaliza designação de Mário Centeno para governador do Banco de Portugal

Bach suite




There's always a first



É um facto que sofro de excesso de entusiasmo por tudo e mais alguma coisa das coisas e pessoas que gosto - o que nem sempre tem bons resultados porque os outros não são assim. Agora por exemplo, entusiasmei-me com os halteres e arranjei uma dor muscular que não precisava. Os halteres deviam vir com sensores à prova de idiotas entusiasmados e assim que começávamos a fazer exercício parvos o alarme disparava a avisar. Enfim, enquanto espera que isto passe para poder voltar aos exercícios, o meu fisioterapeuta fez-me outras coisas, entre elas acupunctura. Foi uma estreia. Hoje não tomo paracetamol. Vamos ver se aquilo faz algum efeito na dor.

Ensino à distância - final amargo



Estive a despedir-me de uma turma do 10º ano de que gosto muito, assim desta maneira sem jeito. Aproveitámos para pensar um bocadinho acerca do que se pode aprender com as más experiências da vida e o que se pode aprender com esta em particular. Enfim, pode ser que nos vejamos para o ano, quem sabe, mas é frustrante, eles foram-se desmotivando à medida que passava o tempo, de estar há meses fechados em casa contra tudo o que é a vivência da adolescência. Espero que apesar da quantidade de deputados medíocres arcaicos que pensam que se pode trabalhar com 30 alunos x  4, 5 ou mais turmas e atender a cada um em particular, exista ainda alguém com cabeça e menos egoísta que se lembre que a educação é uma aposta no futuro.

Citação deste dia



"If you torture data sufficiently, it will confess to almost anything."
-- Fred Menger

Entretanto, uma pergunta: onde está o dinheiro do meu salário? As carreiras dos professores já estão outras vez congeladas?



Mesmo antes de recebermos aquele dois anos em vez dos 9? Eu ainda não vi nada. Nada de nada.
Tenho a carreira congelada. Mudei de escalão em Maio mas em Junho continuo a receber pelo escalão antigo. Logo, a minha pergunta é: as carreiras dos professores já foram novamente congeladas?
Perguntei ao director da escola que me disse que só podem pagar depois de chegarem à escola listas com autorização. Onde estão as tais listas?
O que reparo é que, para os bancos, 800 milhões ou 1000 milhões não se atrasam um segundo, mas para o meu salário e para muitos outros, não há pressa e podemos não receber o que nos é devido.

De cada vez que os deputados do PS e PSD têm oportunidade de ser úteis ao país, mostram o que são: uns inúteis



Os deputados daqueles dois partidos cujo trabalho é esperar até ser a sua vez de poderem meter a mão nos dinheiros públicos mostram o valor que dão à educação e aos que frequentam as escolas: desemerdem-se que estamos-nos nas tintas para isso tudo. O ME está desaparecido. Outros que se estão nas tintas para isto tudo e trabalham para aumentar as entradas no seu CV. Os deputados e o governo, que enchem a boca com os coitados dos alunos que ficaram para trás na pandemia e etc., na altura de poderem ser úteis ao país, escolhem sempre ser o que são: uns inúteis, logo, uns parasitas.


Parlamento
PS e PSD chumbam redução de alunos por turma


Pandemia life